Com o dólar em queda de 0,13% e Chicago em queda de 0,27% e sem a pressão da exportação os preços do milho continuaram a subir nesta semana, como tínhamos avisado com 10 dias de antecedência, diante da necessidade de cobertura das empresas brasileiras.

Mesmo assim, a pesquisa diária do Cepea registrou novamente alta de 0,26%, para R$ 38,30/saca, contra R$ 38,20/saca do dia anterior, nos preços médios pagos em Campinas, principal referência para o mercado de milho no país, diante da necessidade de alguns compradores se abastecerem no curto prazo. Com isto, os ganhos do mês de setembro subiram para 5,42%, contra 5,15% do dia anterior.

Mais de 500 mil toneladas comercializadas nesta semana, praticamente tudo para o mercado interno

Pesquisa da T&F apurou que foram comercializadas cerca de 462 mil toneladas de milho da safra 2019, nesta semana, 100% para o mercado interno e 105,4 mil toneladas da safra 2020, também praticamente tudo para o mercado interno, com apenas alguns lotes pontuais para exportação. Os lotes vieram principalmente do MS (130 mil), MT (130 mil), GO (85,4 mil) e Matopiba (194 mil). O preço tinha ficado estável nas duas últimas semanas.

Entretanto, as cotações continuam de R$ 1 a R$ 2 acima do que se falava em agosto. A demanda vem de granjas e indústrias. Conforme vai havendo necessidade do mercado interno, comprador ou paga ou fica sem. O milho está em poucas mãos, vendedores estipulam preço e não baixam a guarda.

Para a negociação antecipada da safra 2019/20, rodaram negócios em torno de R$ 36/saca FOB na região de Passo Fundo para retirada em fevereiro e pagamento em março. Produtor aproveitou que o valor garantia margem de lucro e travou parte da safra. Ainda haveria nesta semana interesse de compra pelos mesmos R$ 36/saca, mas não tem mais ofertas, de modo que não rodaram novos acordos.

Produtores do Rio Grande do Sul já estão plantando milho, mas as chuvas até o momento têm ficado abaixo da média, afirmou o analista. O fato de existirem em setembro propostas de fábricas para negociação antecipada é positivo para estimular produtor a plantar milho. Nos últimos anos só teve preço em dezembro.

No Centro-Oeste, as fábricas brasileiras estão fechando muitos negócios para 2020. Os preços oferecidos pela exportação, para vendedores distantes 600 km do porto, caiu para R$ 33,96 (34,21 do dia anterior) para dezembro, R$ 35,27 (35,52) para março e R$ 32,79 (32,96) para maio de 2020.

Já os milhos importados do Paraguai chegariam ao Oeste do Paraná ao redor de R$ 31,16 (R$ 31,20 anterior); ao Oeste de Santa Catarina ao redor de R$ 34,67 (34,72) e ao Extremo Oeste de SC ao redor de R$ 34,17 (34,21) /saca.

O milho argentino a R$ 52,02 (52,33) e o americano a R$ 59,15 (59,62) no oeste de SC. Com relação aos preços dos principais consumidores de milho, os preços do frango resfriado para o consumidor em São Paulo fecharam o dia inalterados, mantendo as perdas do acumulado no mês em 2,18%.

Os preços dos suínos no Paraná fecharam em queda, reduzindo os ganhos acumulados no mês para 5,25% contra 5,49% do dia anterior. Os preços do boi gordo em São Paulo fecharam inalterados, mantendo o acumulado do mês no terreno positivo em 2,32% (0,99% anterior).

Fonte: T&F Agroeconômica


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