O controle de pragas na cultura da soja é fundamental para evitar perdas produtivas e qualitativas dos grãos ou sementes produzidas, sendo essencial para isso, o bom monitoramento das áreas de produção a fim de definir com maior assertividade o momento ideal de controle de pragas como lagartas e percevejo que acometem a soja.

Para tanto, é preciso comunicação clara entre técnicos e produtores, possibilitando definir os momentos mais sensíveis da cultura, onde o monitoramento deve ser intensificado. A exemplo dos percevejos, os maiores danos á cultura da soja são observados quando a praga ataca as plantas durante o período reprodutivo, mais especificamente no enchimento de grãos. Já se tratando de lagartas, dependendo da espécie, danos em soja podem ser observados tanto no período vegetativo quanto reprodutivo da cultura.

A fim de definir com clareza os estádios do desenvolvimento da soja para a melhor comunicação e definição dos períodos de monitoramento, é possível se orientar pela escala fenológica da cultura, sendo a mais utilizada até hoje, a escala proposta por Fehr et al. (1971).

Tabela 1 Descrição sumária dos estádios vegetativos e reprodutivos da soja, utilizada para plantas de tipo de crescimento determinado e indeterminado (Fehr et al., 1971).

Fonte: Oliveira et al. (2022)

O emprego da escala fenológica da cultura da soja possibilita maior clareza na comunicação e definição de práticas de manejo, contribuindo para a maior assertividade de tratos culturais. Entretanto, além de conhecer como a soja se desenvolve, é preciso atentar para os níveis de ação adotados para o manejo e controle de pragas na cultura da soja.



Esses níveis de ação são pré-estabelecidos com base em pesquisas que avaliam entre outros aspectos, o potencial da praga em causara danos e o custo do controle, havendo pequenas diferenças de recomendação em relação a finalidade da lavoura (grãos ou sementes). Pelo fato de pragas como percevejos depreciarem as sementes de soja, causando significativa perda da sua qualidade fisiológica, os níveis de ação para o controle de percevejos em lavouras produtoras de sementes são mais rígidos.

Tabela 2. Níveis de ação usados no controle para lagartas e percevejos da soja, segundo o programa de manejo integrado de pragas.

Fonte: Oliveira et al. (2022)

Independentemente do nível tecnológico empregado na lavoura, o monitoramento das áreas de produção constitui uma premissa básica do manejo integrado de pragas, não devendo ser subestimado. Além disso, pode-se dizer que o monitoramento das lavouras também é importante para identificar inimigos naturais de pragas agrícolas, contribuindo para o posicionamento de inseticidas.

Para melhor organização do monitoramento de pragas em soja, a Embrapa disponibilidade uma caderneta onde é possível inclusive tomar nota dos principais inimigos naturais das pragas da soja. Para ter acesso clique aqui!



Referências:

CORRÊIA-FERREIRA, B. S. et al. CADERNETA DE CAMPO PARA MONITORAMENTO DE INSETOS NA SOJA. Embrapa, 2017. Disponível em: < https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/165101/1/CadernetaMIP.pdf >, acesso em: 30/09/2022.

OLIVEIRA, A. B. et al. RESULTADOS DO MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS DA SOJA NA SAFRA 2020/2021 NO PARANÁ. Embrapa, Documentos, n. 443, 2022. Disponível em: < https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/234124/1/Doc-443.pdf >, acesso em: 30/09/2022.

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