Segundo o USDA, os embarques de milho dos EUA na semana do dia 19/05, somaram 1,82 milhão de toneladas (t). Apesar do volume representar um aumento de 34,06% no comparativo semanal, quando analisada as vendas semanais para as exportações no mesmo período, foi registrado queda de 63,34% ante a semana anterior (151,60 mil t).

Seguindo esse cenário, os embarques dessa temporada estão 8,99% abaixo do que foi visto no mesmo período do ano passado, somando 44,72 milhões de t. A queda do volume é reflexo da realocação da comercialização externa do país nessa temporada para o consumo doméstico, sobretudo para a produção de etanol, conforme a estimativa do USDA de crescimento de 3,04% no consumo interno nesse ano.

Assim, para que os EUA atinjam a meta de embarques estabelecidos pelo USDA para a safra 21/22, estimado em 63,50 milhões de toneladas, é preciso que o país norte-americano exporte 1,25 milhão de t semanalmente até o final da safra (31/ago).

Confira agora os principais destaques do boletim:

  • Recuo: Devido ao avanço da colheita do milho de segunda safra no país, a cotação do cereal na bolsa brasileira (B3) apresentaram recuo de 1,15% se comparado com a semana passada.
  • Queda: Com o avanço da semeadura do milho nos EUA, as cotações na bolsa americana (CME Group) de milho tiveram um recuo de 2,06%, negociadas a US$ 7,77/bu na última semana.
  • Queda: Após a revisão para baixo do PIB dos EUA diminuindo às chances de novas altas na taxa de juros do país, o dólar apresentou queda de 3,43% na última semana.

Apesar do aumento da capacidade, estado ainda possui grande déficit de armazenagem de grãos.

De acordo com a Conab, a capacidade atual de armazenagem de grãos no MT está em 39,24 milhões de toneladas (t), aumento de 625.540 mil t se comparado com o mesmo período do ano anterior. Contudo, com a estimativa de incremento na produção de soja e milho na safra 2021/22, o déficit de armazenagem está projetado em 54,64 milhões de t para essa safra, considerando a recomendação da FAO¹ o que traz um alerta quanto ao inicio da colheita do cereal no estado.

Outro ponto de atenção se deve ao fato de que a comercialização dessa temporada de soja e milho se encontra atrasada em 5,22% e 6,65%, respectivamente, se comparado com a média dos últimos 5 anos, o que pode indicar um maior volume de grãos estocados. Dessa forma, é importante que os produtores se planejem para mitigar as dificuldades de armazenagem que o estado ainda possuí para essa safra.

Fonte: IMEA

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