Queda nos preços em Chicago

As cotações da soja para o contrato corrente “derreteram” na última semana, fechando na média de US$ 14,00/bu, recuo de 3,83% no comparativo semanal. Para se ter uma ideia da desvalorização na semana que passou, na sexta-feira (30/09) o valor da soja fechou em US$ 13,66/bu, patamar de preço não observado na CME-Group desde jan. 22.

Os principais motivos que pressionaram as cotações da oleaginosa foram o grande volume de soja da Argentina disponível no mercado externo e a aversão ao risco no mercado financeiro global, devido aos rumores de sabotagem no vazamento do gasoduto russo.

Além disso, o mercado foi surpreendido pelos números trimestrais de estoques finais dos EUA divulgados pelo USDA, o que auxiliou ainda mais na trajetória de queda. Por fim, este cenário influenciou nos preços em MT, que registraram queda de 0,20% na semana passada, fechando com média de R$ 160,10/sc.

Confira os destaques do Boletim:

  • PLANTIO: a semeadura de soja para a safra 22/23 em Mato Grosso avançou 4,50 p.p. no comparativo semanal, alcançando 6,29% das áreas até sexta-feira (30/09).
  • DÓLAR VALORIZA: com menor demanda pelo real, o dólar se tornou alvo de mais investimento, o que influenciou a alta de 3,96% no comparativo semanal.
  • CBOT FUTURA RECUA: expectativa do mercado de melhor produtividade sulamericana em função do clima provocou queda de 3,53% na CME de Mar.23.

A produtividade da soja para a safra 22/23 em MT ficou estimada em 58,96 sc/ha em out.22, alta de 0,61% ante o mês passado

O aumento na expectativa foi pautado pelas chuvas no estado, que apresentaram volumes após o fim do vazio sanitário da soja (15/09), o que proporcionou ao produtor de algumas regiões entrar com as máquinas nas lavouras. Além disso, segundo o TempoCampo, as precipitações para os próximos 30 dias apontam volumes acumulados de 150 a 200 mm em boa parte das regiões de Mato Grosso, o que pode auxiliar no desenvolvimento inicial da cultura. Em relação às regiões do estado, destaque para a oeste, que apresentou a maior produtividade (60,09 sc/ha) entre as demais. Desse modo, com o ajuste no rendimento e a manutenção da área em 11,81 milhões de hectares, a estimativa de produção mato-grossense aumentou 0,64% em outubro ante a perspectiva de setembro, totalizando 41,78 milhões de toneladas. Relatório completo aqui.

Fonte: IMEA



 

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