Soja
No Estado, avançou muito a atividade de colheita da soja, passando da metade das lavouras implantadas. Outras 33% estão maduras, e em 15% delas a fase é de enchimento
de grãos. Isso se reflete pelo tempo seco e ensolarado da semana. A produtividade em geral é boa e dentro da expectativa.
Na semana, o clima seco e as temperaturas elevadas durante o dia foram propícios para a colheita, com a umidade do solo ideal para esta operação. Nas regiões do Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial, a maturação das lavouras foi mais acelerada em função do clima; as plantas apresentam vagens secas nas extremidades e ainda não completamente maduras na sua base.
Há aumento da debulha das vagens superiores na plataforma de corte, devido a impacto com as partes metálicas da plataforma. O produto final apresenta elevada quantidade de grãos quebrados e trincados e em final de maturação (verdolengos). A tecnologia de trilha e separação das colheitadeiras está sendo fundamental para a produção de sementes.
Nos Altos da Serra do Botucaraí, estima-se que 35% da área esteja colhida e, apesar das doenças de solo terem diminuído o stand de plantas, a produtividade média da cultura poderá ser superior à média prevista, devido às condições climáticas favoráveis e ao bom manejo da adubação.
Nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, já foi realizada colheita em 56% da área, com perspectiva de avançar ainda mais a área colhida se o tempo permanecer seco com sol. Nas lavouras em enchimento de grãos, os produtores ainda estão atentos às pragas e doenças de final de ciclo; além disso, muitos realizam dessecação para forçar a maturação das áreas de replantio e uniformizar as áreas visando antecipar a colheita.
Nas regiões acima, em relação às lavouras de soja safrinha, é esperado o retorno das chuvas de forma consistente para a retomada do desenvolvimento, crescimento e boa floração, pois esses dez dias sem chuvas já podem reduzir o potencial produtivo dessas lavouras.
Na região da Produção houve aumento de produtividade informada, chegando à média de 3.800 quilos por hectare. Nas regiões do Médio Alto Uruguai e do Rio da Várzea, a colheita evoluiu bastante, chegando a 80% das lavouras colhidas, e na região Norte alcançou 75% da área. Se o tempo favorecer, a atividade da colheita finaliza até meados de abril.
Na região Central do Estado, a colheita ainda não avançou tanto, com apenas 18% colhido. Nas lavouras plantadas no tarde e de ciclo mais longo, há forte pressão de ferrugem asiática. Em Tupanciretã, mesmo com as aplicações dentro do período e intervalo recomendados, algumas lavouras apresentam alta infestação da doença.
Na região Sul do Estado, os produtores estão otimistas; a safra vem acontecendo dentro da normalidade, com expectativa de ótimos rendimentos nas áreas de coxilha. Já nos municípios de fronteira, as produtividades serão menores em razão da menor quantidade de chuvas ocorridas nas últimas semanas, que afetou o enchimento dos grãos.
Nas áreas planas e em rotação com arroz irrigado, também houve perdas localizadas em áreas com problemas de drenagem, devendo ocorrer diminuição da produtividade. A colheita está se intensificando na região, totalizando 22% da área colhida.
A produtividade das lavouras é distinta: nas coxilhas, tem sido de 75 sacas por hectare; na fronteira, a produtividade não deve ultrapassar 40 sacas por hectare; e na região da Encosta da Serra do Sudeste, a expectativa é de produtividade acima de 60 sacas por hectare.
Mercado (saca de 60 quilos)
Houve redução no preço da soja disponível em Cruz Alta, cotado a R$ 72,50/sc. Nas Missões, a denominada soja livre – isto é, estocada pelos produtores nos seus silos e armazéns, está sendo paga na faixa de R$ 76,00/sc.
O preço médio estadual da soja na semana ficou cotado a R$ 71,33/sc., com leve queda em relação à semana anterior, conforme levantamento semanal de preços da Emater/RS Ascar (Cotações Agropecuárias nº 2069).