Muito próximo da retomada das atividades de campo relativas à produção de Arroz Tropical no país, com uma fase de planejamento já está concluindo, uma expectativa de toda a cadeia produtiva é bastante elevada para uma safra 2021/22. E muito dessa perspectiva positiva vem do fato de que, nos últimos anos, graças à Embrapa e à dedicação de seus pesquisadores da equipe do “MelhorArroz”, a produção dessa cultura no Brasil ganhou novas cultivares que apresentam altíssimo desempenho, garantindo segurança na sua adoção , estão chamando a atenção e  conquistando os  produtores por todo o país.

No início dos anos 2000, a Embrapa começou uma aproximação mais intensa com uma cadeia produtiva, especificamente, para parcerias em produção de sementes. O programa de melhoramento de arroz, em um trabalho liderado à época pelos pesquisadores Orlando Peixoto e Emílio de Castro, adotou como uma de suas metas o desenvolvimento de cultivares com excelência em qualidade de grãos, que foram adaptadas ao cada vez mais exigente mercado brasileiro, que culturalmente pede características relacionadas ao tipo de grão, alto rendimento de grãos inteiros, translucidez, baixo gessamento e grãos secos e soltos após a cocção. Os experimentos foram realizados, desde então, e os frutos emitidos a ser colhidos em 2010, com o lançamento da BRS Pampa para o sistema irrigado, e em 2013, com o lançamento da BRS Esmeralda para o sistema de terras altas, cultivares de alta estabilidade e adaptabilidade, alta produtividade em diferentes condições ambientais e com ótima qualidade de grãos. Com essas cultivares, iniciaram-se de forma efetiva os diálogos para as parcerias que hoje têm tantos resultados positivos, com as cultivares BRS A501 CL e BRS A502, BRS Catiana, BRS Pampeira, BRS A704 e BRS A705, indicadas para diferentes sistemas de cultivo . Além dessas, lançamentos futuros que trarão ainda mais benefícios: BRS A503 e BRS A706 CL. indicadas para diferentes sistemas de cultivo. Além dessas, lançamentos futuros que trarão ainda mais benefícios: BRS A503 e BRS A706 CL. indicadas para diferentes sistemas de cultivo. Além dessas, lançamentos futuros que trarão ainda mais benefícios: BRS A503 e BRS A706 CL.

Cinco Décadas de Dedicação

Segundo o pesquisador Adriano Castro, um dos responsáveis ​​pelas pesquisas relativas ao arroz na Embrapa, a Empresa se encontra em um bom momento, em relação à oferta de novas tecnologias para o setor produtivo no Brasil, seja no sistema produtivo da Terras Altas, seja no Irrigado Tropical ou Subtropical. “Isso é fruto de um trabalho longo, com mais de 45 anos, e grande tradição na oferta de variabilidade genética nas linhasgens que desenvolvemos, sempre buscando adaptabilidade a esses diferentes ambientes”, diz o pesquisador.

Ao longo do tempo, ajustes foram realizados no programa de melhoramento, no sentido de aprimorar alguns pontos-chave, que culminaram com uma oferta de novas cultivares muito alinhadas às necessidades de cada região, resultado também da aproximação com uma cadeia produtiva. Esses pontos envolvem o processo de produção de sementes, trazendo maior qualidade e quantidade suficiente para distribuição no momento do lançamento de cada nova cultivar; e, também, em parcerias com o setor privado, nesse caso, com foco inicial no sistema irrigado tropical, o que melhorou muito os processos de venda, marketing e distribuição de sementes.

A Embrapa vinha repensando ao Sistema de Terras Altas, que teve uma área reduzida completa nos últimos anos, principalmente pela forte competição da soja, que entrou com muito sucesso nas áreas do Cerrado, praticamente em todo o Brasil. Como novas cultivares disponibilizadas pela Empresa, entretanto, trouxeram novo olhar para a cultura e o arroz passou a ser colocado como opção para áreas de intensificação sustentável e rotação de culturas. Promoveu-se, assim, uma série de benefícios agronômicos aos modernos sistemas de produção, com a inserção do arroz de Terras Altas, de forma geral, tornando-o rentável e bastante atrativo. Além disso, o arroz oferece benefícios diferenciados, especialmente para lavouras de feijão ou soja que vierem após seu cultivo, que se somam a esse despertar de atenção. Entre eles,

O lançamento em 2018 da BRS A501 CL, primeira cultivar não transgênica de arroz de Terras Altas com resistência a herbicida, abriu a possibilidade de utilização do arroz como renovação de pastagens. A Embrapa desenvolveu um sistema, no qual o arroz é plantado junto com algumas forrageiras. Na fase inicial, é aplicado herbicida, com o intuito de segurar o desenvolvimento das forrageiras, permitindo que o arroz feche como entrelinhas e consiga produzir. Quando ele é colhido, o pasto está formado, renovando área degradada com custo zero – o arroz irá cobrir os gastos com esta renovação e, dependendo do acerto que o produtor faça em relação ao momento adequado das ações, essa rentabilidade até supera esses custos.

Outra questão fundamental é a atuação dentro da Embrapa dos responsáveis ​​pelos trabalhos de Pesquisa e Transferência de Tecnologia (TT), com ações em manejo, fitotecnia, fitopatologia e qualidade de grãos. De maneira assertiva, trouxeram informações preciosas ao melhoramento das cultivares, acerca de resistência a diferentes doenças e à maneira mais adequada de manejo, para que elas pudessem atingir a qualidade de grãos e o potencial produtivo desejados. Essas percepções foram utilizadas na seleção das cultivares que lançadas e na sua conseqüente colocação no mercado.

Graças ao modelo de melhoramento que a Embrapa adota, construída em uma rede que se distribui por todo o país, a genética das cultivares da Embrapa, com uma pegada agronômica muito bem estudada e desenvolvida, atingiu um nível de qualidade extremamente elevado. O arroz é hoje uma cultura de destaque dentro do empenho que a Empresa tem de retornar à sociedade tudo o que nela é investido. Segundo Adriano Castro, no Arroz Irrigado Tropical, as cultivares BRS estão em 90% da área local. Em Terras Altas, o Market Share já é muito representativo e, no Sistema Irrigado Subtropical, como no Estado do Rio Grande do Sul, maior produtor do país e área de grande competição pelo mercado, a Embrapa está seguindo, devendo muito em breve estar com a maior fatia do mercado.

Fonte: Embrapa

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.