Quando falamos que a ciência agrícola, por meio de soluções tecnológicas, traz sustentabilidade ao setor agrícola é porque existem muitas evidências de que essas ferramentas já ajudam por décadas o produtor rural a conduzir lavouras mais resilientes– capazes de se desenvolver em condições diferentes daquelas que uma planta não cultivada enfrentaria.
É com adoção de tecnologias que a pressão sobre terras – florestas, manguezais, pastagens, pântanos – se torna cada vez menor. Essa é uma das características de uma agricultura moderna sustentável e que contribui para segurança alimentar, conservação do meio ambiente e enfrentamento das mudanças climáticas.
Quer saber como? Então, fica com a gente que você vai conhecer mais sobre o impacto das tecnologias no campo.
Mais produção em menos terra
As plantas precisam de nutrição, proteção e adaptação a condições ambientais para alcançarem bom desenvolvimento e produção. Questões sobre as quais os cientistas agrícolas mais conduziram pesquisas durante o século XX. Com isso, surgiram fertilizantes, defensivos químicos e biológicos e as sementes geneticamente melhoradas – pelo cruzamento convencional ou pela biotecnologia.
Todos esses anos de pesquisa estão sendo reconhecidos. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estabeleceu 1960 como o momento em que o aumento da produção agrícola foi dissociado do aumento da utilização da terra, confirmando que, de 1960 a 2020, o uso da terra aumentou 1,1 vezes, enquanto a produção de alimentos aumentou 3,9 vezes.
Ciência agrícola mantém o solo vivo
São inúmeras as tecnologias agrícolas disponíveis e que fazem da produção de alimentos um sistema altamente técnico.
As ferramentas tecnológicas devem funcionar de forma integrada no campo, conectada entre si e ao meio ambiente. Quando em sinergia, sementes, fertilizantes e defensivos são capazes de, por exemplo, proteger também a biodiversidade do solo.
Com a preservação das áreas terrestres e proteção da saúde do solo, a adoção de tecnologias tem garantido a capacidade do solo capturar gás carbônico e reduzir suas emissões de gases de efeito estufa. A publicação de Diego Macall (2022) relata que a adoção de tecnologias levou a um declínio de 80% nas emissões de GEE no setor agrícola, em uma região do Canadá, entre 1985 e 2016. Uma forte evidência de que as tecnologias juntas contribuem para preservar a saúde do solo e ainda reduzir o impacto da agricultura no aquecimento global.
Inovação deve ser contínua
A ciência já mostrou como as tecnologias impactaram positivamente a agricultura global e deve desempenhar um papel significativo na mitigação e adaptação às mudanças climáticas à medida que novas tecnologias sejam introduzidas na agricultura moderna.
Se no século XX os pesquisadores trouxeram tecnologias para nutrição, proteção e adaptação das plantas, o desafio para o século XXI é fazer com que essas soluções sejam oriundas de fontes renováveis e acessíveis a pequenos, médios e grandes agricultores. A inovação não pode parar e por isso é considerada a chave para uma produção de alimentos de qualidade e com respeito a natureza.
Ciência agrícola traz benefícios para todos
Ao final do dia o que os pesquisadores buscam ao máximo (e tem conseguido entregar) é reduzir o estresse das plantas por meio do fornecimento ou uma melhora na absorção de nutrientes, combate a pragas e outras adversidades climáticas. Buscando o equilíbrio entre uso das diferentes tecnologias.
Por exemplo, hoje as plantas transgênicas – a depender da característica inserida em sua genética – impacta diretamente na conservação do solo (possibilitando o plantio direto) e no uso eficiente (em menor quantidade) de defensivos e fertilizantes. Uma combinação que beneficia agricultores, consumidores e meio ambiente.
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Fonte: CropLife Brasil