Depois de um fevereiro com volumes de chuvas um pouco acima da média para o mês, os mapas de clima mostram que março é um mês que ainda dará bons índices de chuva para boa parte das regiões do Brasil. É sabido que março é considerado o último mês do período chuvoso normal no Sudeste e Centro-Oeste e será fundamental para o desenvolvimento das culturas de segunda safra, portanto, toda atenção será necessária às previsões para este mês.

No mapa do Inmet referente às normais climatológicas de precipitação para o mês de março analisados no período de 1981 a 2010, a região norte é a que apresenta os maiores volumes, indicando precipitações acima da média para o mês.

O tom mais amarelado indica precipitações dentro da média. As previsões atuais mostram um clima bem próximo das normais apontadas pelo Inmet.

O mês de março começou com chuvas e temporais em algumas regiões, especialmente a sudeste. A colheita tem ocorrido  normalmente na região Centro-Oeste e já chega a mais de 90% em Goiás e Mato Grosso. A segunda safra se desenvolve bem e algumas regiões onde a colheita é mais tardia, a semeadura ocorre normalmente.

O grande questionamento atual, especialmente para os produtores que semearam a segunda safra, é se o mês de março será bom ou não para as culturas em termos pluviométricos.

Os meteorologistas informam que a atmosfera ainda muito quente, uma das características climatológicas de março, continuará sendo observada no decorrer do mês, mas reforçada pela influência do fenômeno El Niño que está em curso na porção central e leste do Pacífico Equatorial, mas de forma fraca.



As condições de temperatura do Oceano Atlântico Sul, que está acima do normal em quase toda a costa leste do Brasil, combinada com a do Pacífico Equatorial centro-leste também mais aquecido do que a média, irá manter um padrão de circulação de ventos sobre o Brasil, em diversos níveis atmosféricos, muito parecido com o que se observou em fevereiro.

Assim, a primeira quinzena de março será bem semelhante a de fevereiro. A previsão é de clima mais seco no Sul do Brasil e de continuidade de temporais na região Centro-Oeste, porém, sem períodos prolongados de nebulosidade e a irregularidade de chuvas pode ocorrer.

Já para a segunda quinzena de março, a previsão é de que ocorra uma mudança no padrão da circulação de ventos sobre o Brasil.  A zona de convergência do Atlântico Sul combinado com a coluna de umidade do Norte que observamos em vários dias em fevereiro e ainda persiste nesta primeira quinzena de março, será enfraquecido e as chuvas tenderão a diminuir.

De acordo com o modelo Cosmo do Inmet, as instabilidades seguem sobre a maior parte do país, com exceção do nordeste e norte de Minas, e as chuvas devem seguir nos próximos diassobre a maior parte do Brasil.

Para Goiás os volumes previstos variam de 5 a 15 mm para as próximas 36 hs e com possibilidade de aumento de volume para 120 hs (5 dias).

As chuvas previstas para os próximos dias colocam em alerta os produtores que ainda colherão a soja tardia e efetuarão o plantio da segunda safra, ainda mais pela perda da janela de segurança de plantio que se encerrou no final de fevereiro.

Os mapas do centro de previsão da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês), mostra que na semana do dia 07 a 15 de março, as chuvas continuarão no Brasil, porém, os volumes para a segunda quinzena deverão ser maiores comparados à primeira quinzena, mostrando uma situação diferente das previsões dos institutos brasileiros relatados anteriormente.

Na análise de monitoramento do clima do AGRITEMPO/EMBRAPA, as condições de umidade de solo estão satisfatórias em todas as regiões do estado de Goiás. Os índices de evapotranspiração tendem a aumentar em função da continuidade das altas temperaturas e as condições de colheita continuam não favoráveis em boa parte das regiões. O tempo para tratamento fitossanitário melhorou na maior parte do estado com exceção da região Sudoeste de Goiás.

Fonte: Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás – IFAG

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