Os últimos dias foram marcados pela recuperação no mercado futuro da soja na Bolsa de Chicago com reflexos no mercado físico brasileiro. Resultado do atraso do plantio nos Estados Unidos em consequência de fortes chuvas no cinturão americano. Por aqui, o dólar mais forte – chegando a R$ 4,10 -, também contribuiu.

Essa reação dos preços elevou a liquidez do mercado, especialmente para exportação. O mesmo atraso no plantio aconteceu com o mercado do milho, o que naturalmente, gerou uma expectativa por uma área maior de soja.

Enquanto novos fatores sustentam o mercado, a tensão comercial entre China e Estados Unidos segue acumulando capítulos semana após semana. As duas maiores economias do mundo vivem uma guerra comercial desde março do ano passado, quando o presidente norte-americano Donald Trump decidiu elevar as taxas para o aço e o alumínio exportados para os EUA.

Na época, o Ministério do Comércio chinês disse que as medidas dos EUA contra o aço e o alumínio não visavam manter a segurança nacional, mas sim, que se tratavam de protecionismo comercial.

De lá pra cá, muitas promessas e poucas soluções. As taxações se transforam em uma via de mão dupla e não se limitaram somente ao aço e alumínio importados, expandindo-se para uma lista imensa e ocasionando brusca queda nas compras entre os dois países, o que explica o início do declínio dos preços da oleagionsa.

Alguns pequenos avanços nas negociações até animaram o mercado que se mostrava esperançoso por um acordo, mas as expectativas ainda não passaram disso. Em entrevista exibida no mês de abril ao Canal do Boi, a corretora Andrea Cordeiro, gerente do Grupo Labhoro, falou sobre a disputa.

“Nesse um ano, o Brasil foi extremamente beneficiado. Por isso, houve alta nos prêmios e o dólar se valorizou e, como eu sempre digo nas conversas com os produtores, o brasileiro surfou uma excelente onda”, declarou.



Só que essa onda quebrou e, no último mês, os prêmios pagos nos portos começaram a ceder, especialmente, após a entrada da safra nacional, mas a corretora de mercadorias ainda enxergava oportunidades.

“Na Labhoro, nós já vínhamos recomendando há muito tempo que o produtor, a cerealista, as cooperativas e as revendas fizessem venda de soja com Chicago com prêmio em aberto, que fixassem o prêmio e deixassem uma trava cambial e a gente ainda continua orientando isso”, resumiu.

Confira a entrevista do Labhoro completa, basta clicar aqui

No mesmo mês, o sócio da Mercado Mercantil Corretora, Ovídio Ferronato, conversou com a equipe do Canal do Boi em São Paulo sobre os problemas gerados a partir de um recuo da China no mercado da soja, que também sofre os duros efeitos da peste suína africana.

A doença atingiu parte considerável do rebanho suíno asiático e diminuiu a demanda por grãos no país que, por tradição, é o maior comprador global da oleaginosa. “A maioria dos produtores de suíno da China é formada por pequenos produtores e, pequenos produtores, normalmente, não têm a mesma sensibilidade nem as condições de acabar com as matrizes na produção de suínos”, explicou Ferronato.

Confira a entrevista completa do Ovídio Ferronato, basta clicar aqui

No seu último levantamento (22/05), o indicador BBM para a soja no mercado físico brasileiro, apontou para alta ou estabilidade nas cotações da oleaginosa nos estados de Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia, Rio Grande do Sul, São Paulo e parte do Paraná e de Mato Grosso.

Confira a tabela de cotações completa clicando aqui.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias – BBM

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