O mercado brasileiro de milho não alterou seu cenário na última semana. Segue a sustentação firme das cotações diante da limitação na disponibilidade do cereal aos compradores. A volatilidade cambial dita as regras dos preços nos portos, com a recente puxada para cima no dólar dando suporte aos valores.
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o mercado brasileiro apresentou inexpressivo fluxo de negócios ao longo da semana. “A oferta é cada vez mais restrita no disponível. As dificuldades de abastecimento serão crescentes até a entrada da safrinha. O principal foco do produtor está na colheita e no escoamento da soja, e a comercialização de milho segue relegada ao segundo plano”, observa. Isso reduz a oferta de milho e garante o suporte aos avanços nas cotações.
Outro aspecto importante é o atraso no plantio da safrinha. Isso trava as negociações envolvendo o milho segunda safra e é um fator de suporte também às cotações. Nesta quinta-feira, 25, nos portos (Paranaguá e Santos), os preços ficaram na faixa de R$ 76,00 a R$ 77,00 a saca para entrega na safrinha em agosto/setembro.
No Paraná, nesta quinta-feira, a cotação ficou em R$ 89,00/91,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 92,00/94,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 96,50/98,00 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 93,00/94,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 83,00/84,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 80,00/R$ 82,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 78,00/80,00 a saca em Rondonópolis.
As exportações de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 71,75 milhões em março (15 dias úteis), com média diária de US$ 4,78 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país ficou em 292,95 mil toneladas, com média de 19,53 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 244,90.
Em relação a março de 2020, houve alta de 17,1% no valor médio diário da exportação, perda de 9,10% na quantidade média diária exportada e valorização de 28,82% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Fonte: Agência SAFRAS