Os preços de arroz em casca subiram em agosto, recuperando parte das perdas registradas em julho, devido ao maior interesse comprador e à restrição vendedora. Entretanto, a nova safra teve início com valores menores que os registrados no mesmo período de 2018.
O Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, registrou alta de 4,4% em agosto, fechando a R$ 44,79/sc de 50 kg no dia 30 – de janeiro a agosto, o aumento é de 11,5%. A média mensal do Indicador, de R$ 43,75/sc, ficou 1,6% acima da média de julho/19, porém, 5,5% menor que a média de agosto/18 (dados atualizados pelo IGP-DI de julho/19).
Produtores consultados pelo Cepea negociaram outros produtos da agropecuária em agosto, restringindo o interesse pela venda do arroz em casca. Pontualmente, agricultores ofertaram mais arroz para “fazer caixa”, com o objetivo de cumprir com as despesas do início do cultivo da safra 2019/20. Além disso, a aprovação pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) de prorrogação das parcelas das operações de crédito rural de custeio da cultura do arroz foi outro fator de retração.
Com isso, engenhos reajustaram suas ofertas de compras, optando também pela aquisição de arroz “livre”. Quanto às vendas, apesar de sinalizar ligeira melhora, não houve grandes alterações no fluxo agregado.
Segundo dados do IBGE, de janeiro a julho, o beneficiamento e as vendas de arroz do Rio Grande do Sul somaram 4,24 milhões de toneladas, 1% menor que o volume do mesmo período de 2018. No ano-safra (entre março e julho), as negociações foram de 3,05 milhões de toneladas, 3,6% abaixo da quantidade dos mesmos meses de 2018.
Ainda de acordo o IBGE, o beneficiamento e fabricação de produtos de arroz no primeiro semestre de 2019 ficaram 2,1% abaixo do registrado no primeiro semestre de 2018. Há registros de atividades de cultivo iniciadas na Zona Sul do Rio Grande do Sul. Em Santa Catarina, o semeio também teve início em meados de agosto na parte mais ao norte do estado, especialmente nas pequenas propriedades que realizam o cultivo pré-germinado.
BOLSA DE CHICAGO – Em agosto, a Bolsa de Chicago (CME/CBOT) registrou queda nos contratos. De 31 de julho a 30 de agosto, o vencimento Set/19 se desvalorizou 2,3%, fechando a US$ 11,670/quintal (um quintal equivale a 45,36 quilos) e o Nov/19 teve baixa de 1,60%, indo para US$ 11,955/quintal no mesmo período.
Para os contratos em aberto para 2020, grande parte teve recuo: Janeiro, de 1,30%; Março, 1,10% e Maio, 0,2%. Para Jul. e Set., foram registradas leves valorizações de 0,04% e 0,2% respectivamente.
Fonte: Cepea