O controle de plantas daninhas assim como de pragas e doenças é indispensável na cultura da soja. Plantas daninhas como a buva (Conyza spp.), são frequentemente encontradas nas lavouras de soja, competindo com a cultura por água, nutrientes e radiação solar, implicando em redução significativa da produtividade da cultura.

Segundo estudos realizados pelo Grupo Supra Pesquisa, em densidades populacionais de uma planta de buva por metro quadrado de área, reduções de produtividade de até 14% são observadas na cultura da soja. A medida em que a densidade populacional da planta daninha aumenta, maiores reduções na produtividade da soja são observadas.

Figura 1. Interferência de diferentes densidades populacionais de Conyza spp. na produtividade da soja.

Fonte: Supra Pesquisa.

O controle químico por meio do uso de herbicidas é o método mais empregado no manejo de plantas daninhas na cultura da soja, entretanto, com o aumento dos casos de resistência, alguns herbicidas passaram a não apresentar controle eficientes para certas espécies de plantas daninhas, sendo necessário o uso de aplicações sequenciais e/ou associação de produtos, encarecendo o controle de daninhas.



Sendo assim, a busca por alternativas que possibilitem um controle eficiente e um manejo adequada da resistência das plantas daninhas é fundamental para reduzir a interferência das plantas daninhas na produtividade da soja. Tendo em vista que grande parte das plantas daninhas apresentam elevada produção de sementes a facilitada dispersão das mesmas, alternativas como o controle dessas plantas daninha no banco de sementes do solo é uma das principais estratégias de manejo, seja com o uso de herbicidas pré-emergentes ou através da cobertura do solo.

Segundo Yamashita & Guimarães (2011), além de condições adequadas de temperatura e umidade do solo, sementes de plantas daninhas como a buva necessitam de radiação solar (luz) para dar início ao processo germinativo. O fato é conhecido como fotoblastismo positivo, onde a luz solar desencadeia o processo de germinação, podendo atuar como agente na quebra ou indução da dormência de sementes.

Figura 2. Porcentagem de germinação e IVG (índice de velocidade de germinação) de sementes de Conyza canadensis e C. bonariensis após serem mantidas por cinco dias no escuro e posteriormente expostas à luz. Alta Floresta-MT, 2008.

ns não significativo pelo teste F. * significativo a 5% de probabilidade pelo teste F.
Adaptado: Yamashita & Guimarães (2011).

Tendo em vista que as sementes de buva permanecem viáveis por um longo período no banco de sementes do solo e que essas sementes necessitam de luz para germinar, a produção de palhada visando a cobertura do solo é uma das principais estratégias no controle da planta daninha.

Veja também: O crescente caso de resistência da Buva

Em vídeo, no canal dos Professores Alfredo & Leandro Albrecht, o campeão do CESB 2019/2020, Laércio Dalla Vecchia explica que a produção de palha “abafando” as plantas daninhas é uma das melhores formas de combater as plantas daninhas. Nas palavras de Laércio, “O melhor herbicida pra ervas daninhas é palha”.

Confira o vídeo com as dicas do Campeão CESB 2019/2020.


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Referências:

YAMASHITA, O. M.; GUIMARÃES, S. C. GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE Conyza canadensis E Conyza bonariensis EM DIFERENTES CONDIÇÕES DE TEMPERATURA E LUMINOSIDADE. Planta Daninha, Viçosa-MG, v. 29, n. 2, p. 333-342, 2011.

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