A comercialização de milho em Mato Grosso para a safra 18/19 avançou 2,09 p.p. no mês de outubro, alcançando 95,40% da safra já negociada. As vendas do cereal no mês desaceleraram devido à retração dos produtores para negociar o restante da sua produção, o que é comum neste período de entressafra, além da preocupação quanto à menor disponibilidade do milho até a entrada da próxima safra.
Para a safra (19/20), a venda do milho seguiu a passos lentos, atingindo 44,49% da produção já vendida e apresentou um avanço mensal de 2,60 p.p.
As negociações foram pautadas nas movimentações do cenário externo que, por sua vez, é reflexo dos trâmites comerciais entre a China e os EUA, aliadas à queda das cotações na CME, principalmente.
No final do mês as desvalorizações foram mais acentuadas nas cotações, no entanto, alguns produtores aproveitaram as oportunidades em outubro e quem não negociou se vê em um cenário de preços reduzidos.
Confira os principais destaques do boletim:
• Com produtores retraídos do mercado disponível, o Indicador Imea – MT para o milho em Mato Grosso exibiu acréscimo de 1,45% e um preço médio de R$ 27,55/sc.
• As cotações na Bolsa de Chicago para dez/19 e jul/20 seguiram uma tendência baixista de 2,27% e 1,23%, respectivamente, na semana passada, após a divulgação dos números semanais de exportação dos Estados Unidos.
• Mesmo com a queda nas cotações na CME-Group na última semana, o preço paridade de exportação retornou com variação positiva semanal de 2,32%, decorrente da alta nos prêmios e no dólar.
• O leilão de reservas de petróleo e gás em conjunto com a decisão do STF contra prisão em 2º instância, gerou efeitos de alta (+1,68%) sobre a moeda norte-americana, ficando em R$ 4,07/US$.
MAIORES EMBARQUES:
O Brasil é considerado um dos maiores exportadores de grãos do mundo. Dentre eles, o milho vem se destacando nos volumes destinados ao exterior na safra 18/19. Nesse sentido, o Mdic divulgou na última semana os dados de exportação de milho referentes ao mês de outubro.
Com isso, o país já exportou um volume acumulado de 34,72 milhões de toneladas, o que evidencia um incremento de 51,35% no comparativo do total de 2018. Mato Grosso, que é apontado como o maior produtor de grãos do país, contribuiu com 54,15% da produção brasileira exportada ante os 77,14% de 2018.
O estado vem reduzindo sua participação nos volumes totais do país, devido à maior procura interna pelo grão, no entanto, seu acumulado escoado já ultrapassou o total embarcado no ano anterior (+6,24%).
Desse modo, é importante destacar que mesmo com a redução na cota nacional, Mato Grosso ainda registrou recorde nos embarques neste ano, demostrando que as exportações não foram prejudicadas com a forte demanda interna pelo cereal.
Fonte: IMEA