A Embrapa Algodão, em parceria com a Associação dos Pequenos Produtores de Serrinha, no município de Bom Sucesso, PB e a Santa Luzia Redes e Decoração (São Bento, PB), estão realizando um projeto de inovação social, com o objetivo de desenvolver um sistema de produção para o cultivo do algodoeiro com culturas alimentares no Sertão paraibano. Também são parceiros do projeto a Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer), a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB) e o Sebrae. O projeto foi iniciado no ano passado e terá duração de quatro anos.

“O projeto está ancorado em três eixos básicos: aprimoramento das tecnologias agrícolas; capacitação dos agricultores, e avaliação socioeconômica do sistema de produção”, conta o pesquisador Francisco Farias, da Embrapa Algodão, que coordena o projeto.

Aprimoramento de tecnologias

No eixo de aprimoramento de tecnologias, o projeto realizará avaliação de novas cultivares de algodão de coloração branca e colorida. “Nós vamos disponibilizar novas variedades, com melhor qualidade de fibra, e maior produtividade aos pequenos produtores”, afirma Farias. “Também vamos realizar a definição de uma adubação orgânica sustentável, visando aumentar a produtividade”, acrescenta. Outro ponto importante do projeto será a adaptação da colheita mecanizada para a agricultura familiar. A Embrapa já está em fase final de desenvolvimento de uma colheitadeira de uma linha que será testada no Sertão paraibano.

“Também vamos realizar a indicação de uma irrigação suplementar visando minimizar os efeitos da estiagem. Com essa irrigação de suplementação, esperamos que o produtor consiga fechar o ciclo e produzir mais”, diz. O projeto ainda irá definir um sistema de Integração Lavoura-Pecuária (ILP), integrando a cultura do algodão, no âmbito da agricultura familiar. Também está prevista a criação de um banco de sementes de algodão orgânico.

Capacitação

No eixo da capacitação, serão treinados 200 agricultores, nas áreas de negócios, empreendedorismo e cooperativismo, sempre com foco no sistema de produção orgânica do algodoeiro.

Avaliação socioeconômica

O terceiro eixo e último eixo será a avaliação socioeconômica para obter um estudo da viabilidade técnica, econômica e social do sistema de produção. “Vamos saber qual é o custo de produção dos pequenos produtores, qual a renda líquida e o que pode ser feito para melhorar essa rentabilidade”, adianta o pesquisador.

Fonte: Embrapa Algodão

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