Na última semana, a paridade de exportação do milho mato-grossense para a safra 19/20 atingiu R$ 24,22/sc, apresentando uma recuperação de 13,22% no mês de maio, até o momento.

A alta se deve, principalmente, à recuperação da bolsa de Chicago (jul/20), que chegou a cotar US$ 4,34/bu nos últimos dias, motivada pelo atraso recorde na semeadura do cereal para a safra 19/20 dos EUA, que vem sendo reportado pelo USDA, em decorrência das condições climáticas pouco favoráveis e alta umidade do solo nas regiões produtoras do país.

Além dos ganhos na bolsa de Chicago, o dólar registrou R$ 4,11/US$ em virtude das indecisões na reforma da previdência brasileira e os conflitos comerciais entre a China e os EUA.

Dessa forma, com a bolsa de Chicago e o dólar em recuperação, é importante que o produtor mato-grossense esteja atento às oportunidades que podem surgir para negociar a próxima safra do cereal.

Confira os principais destaques do boletim: 

• Na última semana o preço do milho mato grossense exibiu queda de 6,74% e cotação média de R$ 21,06/sc, devido à entrada de oferta de milho disponível com o início dos trabalhos da colheita no estado.

• A relação base MT-CME exibiu queda de 31,45%, em decorrência tanto da baixa no preço do milho disponível em MT, quanto das oscilações positivas do cereal na bolsa de Chicago (jul/19), em conjunto com a alta do dólar.



• Com a desvalorização no indicador disponível, a relação frete/milho alcançou um aumento de 7,91 p.p. Com isso, o frete passou a representar 85,50% do preço do milho mato grossense.

• A colheita de milho em MT exibiu avanço semanal de 1,03 p.p., alcançando 1,28% da área estimada, o que representa um adiantamento em relação aos anos anteriores.

ELEVAÇÃO NOS CUSTOS:

Em maio, o Imea divulgou os novos dados dos custos de produção para o milho de alta tecnologia da safra 19/20. O custo operacional exibiu uma adição de 0,92% ante o mês anterior, ficando em R$ 2.700,12/ha. O aumento se deu, principalmente, pela valorização no dólar no último mês, que influenciou diretamente os preços dos insumos cotados em dólar.

No entanto, mesmo com o aumento do custo variável para R$ 2.421,77/ha, ao considerar a produtividade de alta tecnologia prevista em 121,49 sc/ha, o ponto de equilíbrio apresenta média de R$ 19,93/sc em MT, enquanto que, a média da paridade de exportação (jul/20), em mai/19, até o momento, ficou em R$ 22,06/sc, ou seja, 10,70% maior.

Assim, apesar de o dólar estar impactando no aumento dos custos, ele também tem colaborado para que os preços do milho fiquem acima do ponto de equilíbrio. Ainda assim, é importante que o produtor continue se atentando para equilibrar essa “via de mão dupla” para a próxima.

Fonte: IMEA

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