O tombo no mercado cambial nesta quinta-feira (14) mais que anulou os ganhos na Bolsa de Nova York, mas não conseguiu estancar o rally de alta que completou 17 dias úteis consecutivos no mercado doméstico de algodão.
Somente neste mês de janeiro, as cotações se elevaram em 10,5%. Na média do CIF de São Paulo, a cotação ficou em R$ 4,34 por libra-peso no dia 14, com alta de 0,93% em relação ao dia anterior. No acumulado frente ao mesmo período do mês e do ano passado, os ganhos são de 14,5% e de 61,6%, respectivamente.
No FOB exportação do porto de Santos/SP, a indicação ficou em 82,67 centavos de dólar por libra-peso (c/lb), com alta de 10,7% em relação ao mês anterior. Em relação ao contrato spot negociado em NY, está 1,9% superior. Há uma semana, era 8,7% inferior.
“Com um grande excedente de produção em relação ao consumo interno, a tendência é que os preços domésticos sigam próximos à paridade de exportação”, aposta o analista de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento. “Essa é a primeira vez desde o último dia 14 de dezembro que o basis em Santos ficou positivo em relação ao de Nova York”, lembra.
As exportações brasileiras de algodão bruto somaram 157,025 mil toneladas até a primeira semana de janeiro (5 dias úteis), com média diária de 31,405 mil toneladas. A receita com as vendas ao exterior totalizou US$ 242,588 milhões, com média diária de US$ 48,517 milhões. As informações são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Em relação à igual período do ano anterior, houve avanço de 123,71% no volume diário exportado (14,038 mil toneladas diárias em janeiro de 2020). Já a receita diária teve acréscimo de 120% (US$ 22,053 milhões diários em janeiro de 2020).
Fonte: Agência SAFRAS