Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira em baixa, pela quarta sessão seguida. Os contratos, no entanto, encerraram acima das mínimas do dia.

A pressão sobre as cotações reflete um combo de fatores. Em termos fundamentais, o avanço da colheita nos Estados Unidos – com produção cheia – o retorno das chuvas no Brasil, beneficiando o plantio, inviabilizam reações. A produção brasileira de soja deverá totalizar 166,05 milhões de toneladas na temporada 2024/25, com aumento de 12,7% na comparação com a temporada anterior, quando foram colhidas 147,38 milhões de toneladas. A projeção faz parte do 1º levantamento de acompanhamento da safra brasileira de grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Hoje o mercado também foi pressionado por uma forte queda do petróleo e pela maior aversão ao risco no financeiro global. Sinalização de demanda aquecida nos Estados Unidos reduziu as perdas, principalmente após os dados de esmagamento de soja americana no mês passado.

A Associação Norte-Americana dos Processadores de Óleos Vegetais (NOPA) informou que o esmagamento de soja atingiu 177,320 milhões de bushels em setembro, ante 158,008 milhões no mês anterior. Este é um recorde para o mês de setembro. A expectativa do mercado era de 170,331 milhões. Em setembro de 2023, foram 165,456 milhões de bushels.

As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 1.575.467 toneladas na semana encerrada no dia 10 de outubro, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Na semana anterior, as inspeções de exportação de soja haviam atingido 1.625.183 toneladas.

Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao USDA  a venda de 131.000 toneladas de soja em grãos para a China, a serem entregues na temporada 2024/25.

Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com baixa de 5,00 centavos de dólar, ou 0,50%, a US$ 9,91 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 10,03 1/2 por bushel, com perda de 8,00 centavos ou 0,79%.

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 3,50 ou 1,11% a US$ 311,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 42,45 centavos de dólar, com alta de 0,55 centavo ou 1,31%.

Fonte: Dylan Della Pasqua / Safras News



 

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Autor:Dylan Della Pasqua / Safras News

Site: Safras & Mercado

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