O mercado brasileiro de soja teve uma semana de preços com comportamento regionalizado, mas com perdas predominando nas principais praças. Poucos negócios foram realizados, com os produtores retraídos e vendendo apenas o necessário e durante os momentos de pico dos contratos futuros em Chicago e do dólar.
As atenções dos sojicultores nesse momento se divide entre a comercialização e o início do plantio. Como o mercado não consolida uma tendência, a semeadura passa a ser prioridade. Os trabalhos são iniciais, mas tendem a ganhar ritmo em algumas regiões após as próximas chuvas.
A saca de 60 quilos recuou de R$ 173,00 para R$ 171,00 em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, nesta semana. Em Cascavel (PR), o preço passou de R$ 172,00 para R$ 170,00. Em Rondonópolis (MT), a cotação caiu de R$ 177,00 para R$ 174,00.
No mercado FOB, os preços também perderam força. No Porto de Paranaguá, a saca de 60 quilos baixou de R$ 177,00 para R$ 174,00. Os prêmios também enfraqueceram no final da semana, pressionados pelo avanço da colheita nos Estados Unidos e a melhora nas condições de infraestrutura nos portos americanos.
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em novembro tiveram leve valorização de 0,02% entre os dias 17 e 23 de setembro. Na quinta, a posição fechou a US$ 12,84 ¼ por bushel. De um lado, o mercado é pressionado pela evolução da colheita de uma safra cheia nos Estados Unidos, mas sinais de demanda seguem limitando as perdas.
Nesta semana, o mercado financeiro teve forte influência sobre as commodities. A preocupação com a situação da gigante incorporado Evergrande, da China, trouxe aversão ao risco e fortes oscilações para o dólar e para as commodities em geral.
O dólar comercial subiu 0,43% sobre o real até ontem. Nessa manhã, o dólar aumentou mais 0,55%, cotado a R$ 5,34. Além das incertezas externas, o quadro preocupante da economia e da política interna pesam e garantem o enfraquecimento da moeda brasileira.
Fonte: Agência SAFARS