Todas as plantas estão sujeitas a ação prejudicial de pragas. E, sempre que surgem, há preocupação em reduzi-las ou eliminá-las. Em todas as culturas agrícolas, que tem como objetivo produzir alimentos, fibras naturais e bioenergia, fundamentais para a qualidade de vida de todas as pessoas, ocorrem pragas. Trata-se de insetos, ácaros, plantas invasoras, fungos, bactérias, vírus e nematoides nocivos às plantas, que reduzem a produção e a qualidade dos produtos agrícolas.

Desta forma, os agricultores devem utilizar diversas medidas de controle, envolvendo métodos legislativos (evitar a introdução de pragas exóticas), genéticos (cultivares resistentes), culturais (rotação de culturas), mecânicos (capina), físicos (termoterapia), biológicos (biodefensivos) e químicos (defensivos sintéticos). Quando as medidas preventivas não são suficientes para manter a população da praga abaixo do nível de dano econômico, resta a alternativa da aplicação de defensivos químicos e biológicos. Estima-se que, se os defensivos não fossem utilizados, a produção agrícola seria reduzida pela metade. Em condições tropicais, como no Brasil, os efeitos prejudiciais das pragas são ainda maiores.

Os defensivos agrícolas são extremamente regulamentados e estudados. Só podem ser comercializados após terem sido aprovados pelo MAPA (Ministério da Agricultura), ANVISA (Ministério da Saúde) e IBAMA (Ministério do Meio Ambiente). Estão em constante evolução, sendo investido cerca de 12% do valor das vendas em pesquisa e desenvolvimento. Assim, os produtos vêm apresentando cada vez mais possibilidade de serem utilizados em menores quantidades. Houve redução de 90% na dose dos defensivos atuais em comparação as doses utilizadas na década de 1960. A toxicidade aguda diminuiu mais de 160 vezes nesse período. Estes produtos só podem ser adquiridos com uma Receita Agronômica, emitida por um profissional habilitado.

Os trabalhadores rurais que manipulam os defensivos agrícolas devem ser treinados e,  durante todo o manuseio e aplicação, devem utilizar os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual). Devem seguir, rigorosamente, as instruções contidas na Receita Agronômica, em especial a dose e o período de carência (tempo entre a última aplicação e a colheita).

Assim, os alimentos produzidos no Brasil, são seguros. Existe monitoramento dos resíduos de defensivos em alimentos realizados pela ANVISA, MAPA e iniciativa privada. Todos os resultados vêm demonstrando que a qualidade dos alimentos produzidos no Brasil atende plenamente as exigências nacionais e internacionais. Tanto que o Brasil é um dos maiores exportados de alimento do mundo, para muitos países extremamente rigorosos quanto aos padrões de qualidade.

As embalagens dos defensivos agrícolas têm um destino adequado. O Brasil é líder mundial em recolher e encaminhar as embalagens vazias para reciclagem. Cerca de 94% das embalagens utilizadas pelos agricultores são recolhidas e transformadas em materiais úteis. Um bom exemplo de economia circular e um modelo para outras embalagens usadas pela sociedade urbana.

Em vista disso, não há evidências científicas conclusivas que os defensivos agrícolas estejam causando problemas toxicológicos ou ambientais ao Brasil. Além disso, vem ocorrendo aumento na utilização de defensivos biológicos na ordem de 30% ao ano. É o agro sempre em busca da sustentabilidade, contribuindo para a qualidade de vida das pessoas do Brasil e do mundo.

Fonte: Assessoria de Comunicação CCAS (Conselho Científico Agro Sustentável)

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