O Brasil colheu mais de 300 milhões de toneladas de grãos em 2024, mas continua esbarrando nos gargalos da armazenagem. A capacidade limitada e os processos ainda manuais em boa parte das unidades resultam em perdas, custos elevados e riscos de contaminação. Agora, a automação começa a transformar o pós-colheita, aproximando os armazéns regionais dos padrões já adotados pelas grandes tradings globais.
Na Fazenda Agrolândia, em Tibagi / PR, a decisão de investir em automação mudou a rotina. Em 2024, a unidade passou a operar com sistemas integrados de transporte, secagem e monitoramento remoto. Para o produtor Leandro Elgersma, o resultado foi imediato: menos erros, mais segurança e grãos de melhor qualidade. “Queríamos uma operação limpa, onde o operador tivesse certeza da rota dos grãos, sem risco de mistura. Hoje conseguimos isso com a automação”, afirma.
O projeto também trouxe economia energética. A integração entre o secador de grãos, transportadores (correias e elevadores) e a unidade de calor (fornalha) funciona com “receitas” pré-estabelecidas, ajustando o fluxo conforme a necessidade. “Isso reduziu bastante o consumo de biomassa e tornou a operação muito mais eficiente”, completa Leandro.
Outro ponto de destaque foi a segurança operacional. Alarmes sonoros foram instalados para sinalizar o acionamento de motores, além de sensores de temperatura e movimento que atuam de forma independente, minimizando o risco acidentes. À noite, os operadores monitoram tudo da sala de controle, enquanto o escritório acompanha em tempo real pela conexão remota.
“Com a automação, conseguimos monitorar toda a unidade em tempo real, o que nos trouxe segurança, economia e maior qualidade nos grãos”, resume o produtor.
Segundo a PCE Engenharia, responsável pela implantação do sistema, a automação deixou de ser tendência para se tornar ferramenta essencial no pós-colheita.
“Em unidades automatizadas, já observamos até 20% de redução nas perdas por quebra ou contaminação dos grãos. O consumo de energia pode cair em até 30%, graças ao desligamento automático dos motores. Além disso, os sensores evitam paradas inesperadas por quebra dos equipamentos e os processos se tornam até três vezes mais rápidos, com menor desgaste destes”, explica Everton Rorato, diretor comercial da empresa.
Fonte: Assessoria de Imprensa PCE Engenharia