Os preços dos subprodutos do algodão em Mato Grosso apresentaram desvalorização em suas cotações. Dessa forma, no comparativo semanal os preços do caroço disponível e da torta exibiram declínio de 1,74% e 2,97%, cotados na média de R$ 1.541,71/t e R$ 1.537,26/t, respectivamente.

Esse cenário de queda é reflexo da maior oferta dos subprodutos, uma vez que o beneficiamento se encontra com 27,21% do total estimado da produção já colhida da safra 21/22 no estado.

Por fim, cabe destacar que, até a última sexta-feira (19/08), 89,56% da área estimada para a safra 21/22 já havia sido colhida, e na medida em que a colheita se aproxima do fim, a tendência é que o ritmo do beneficiamento fique mais acelerado. Assim, é esperado que os preços dos subprodutos continuem em ritmo de queda, como sazonalmente é observado neste período da colheita.

Confira agora os principais destaques do boletim:

  • Aumento: reflexo da valorização dos preços na bolsa de NY, o indicador Imea da pluma apresentou alta de 4,04% na semana, cotado na média de R$ 201,90/@.
  • Alta: em Mato Grosso, a paridade dez/22 apresentou incremento de 12,74% em comparação com a semana passada, na média de R$ 208,36/@.
  • Baixa: acompanhando as reduções nos preços do petróleo, o poliéster registrou queda de 1,41% em relação à semana passada, cotado na média de ¢ US$ 39,78/lp.

Preço da pluma na bolsa de NY apresenta valorização após período de queda.

A piora nas condições das lavouras do Texas (maior produtor dos EUA), devido à intensa seca que afetou algumas regiões do país, em conjunto com o relatório de O&D divulgado pelo USDA no dia 12/08, o qual trouxe um cenário de oferta mundial mais limitada, com recuo de 2,54% na produção global, refletiu na alta dos preços do algodão na bolsa de NY.

Com isso, no comparativo semanal os contratos de dez-22 e jul-23 apresentaram valorizações de 12,20% e 9,54%, cotados a ¢ US$ 114,17/lp e ¢ US$ 104,33/lp, respectivamente. Apesar disso, em jul-22 a China (maior consumidora mundial da fibra) exibiu crescimento econômico menor do que o mercado esperava, o que sinaliza uma redução na demanda chinesa pela pluma.

Diante disso, e com as incertezas quanto à economia global, o consumo mundial pela fibra recuou 0,73%. Assim, se o menor consumo pelo algodão se confirmar ao longo do ciclo, o preço da pluma tende a assumir uma trajetória baixista.

Fonte: IMEA

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