O mercado brasileiro de soja deve ter mais um dia de poucos negócios nesta quarta. Os prêmios reagiram, mas seguem negativos. Chicago e dólar operam em leve baixa. Os produtores não encontram motivação para negociar e só de desfazem do extremamente necessário.
Os preços tiveram queda significativa no Brasil na terça-feira. Com a retração do dólar e dos prêmios, os produtores evitaram negociar, mantendo o mercado travado. Ainda assim, há necessidade de abertura de espaço nos armazéns, o que deve forçar vendas a preços não tão atrativos.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos caiu de R$ 149,00 para R$ 147,00. Na região das Missões, a cotação recuou de R$ 147,00 para R$ 145,00. No Porto de Rio Grande, o preço baixou de R$ 154,00 para R$ 152,00.
Em Cascavel, no Paraná, o preço permaneceu em R$ 138,00. No porto de Paranaguá (PR), a saca desvalorizou de R$ 150,00 para R$ 148,00.
Em Rondonópolis (MT), a saca depreciou de R$ 132,00 para R$ 130,00. Em Dourados (MS), a cotação teve retração de R$ 136,00 para R$ 134,50. Em Rio Verde (GO), a saca decresceu de R$ 133,00 para R$ 131,00.
CHICAGO
* Os contratos da soja com vencimento em maio operam com baixa de 0,18% a US$ 14,94 1/2 por bushel.
* O petróleo opera praticamente estável hoje, enquanto o dólar recua levemente frente a outras moedas. Neste cenário, os investidores operam em compasso de espera por um melhor direcionamento.
* Ontem (11), em dia de USDA, a alta do petróleo e a queda do dólar garantiram a elevação, evidenciando um cenário de menor aversão ao risco no financeiro e ajudando as commodities.
* O USDA não alterou os dados de oferta e demanda de soja dos Estados Unidos, contrariando o mercado que apostava em um corte nos estoques. Mas reduziu mais que o esperado a previsão para a safra da Argentina. O impacto foi pequeno sobre as cotações.
* Os estoques finais estão projetados em 210 milhões de bushels ou 5,72 milhões de toneladas, repetindo a estimativa do mês anterior. O mercado apostava em carryover de 201 milhões ou 5,47 milhões de toneladas.
* A projeção do USDA aposta em safra americana de 116,4 milhões de toneladas, repetindo março. A safra brasileira foi elevada de 153 milhões para 154 milhões de toneladas e a produção argentina cortada de 33 milhões para 27 milhões de toneladas. O mercado apostava em número de 153,6 milhões e 29 milhões de toneladas, respectivamente.
PRÊMIOS
* Os preços FOB da soja subiram na terça, seguindo a recuperação dos contratos futuros na Bolsa de Chicago e a firmeza dos prêmios. A atividade seguiu limitada.
* Os prêmios de exportação da soja estavam em -150 a -130 sobre Chicago no final da terça no Porto de Paranaguá, para abril. Para maio, o prêmio era de -145 a -135. Para junho de 2023, o prêmio estava em -80 a -70 pontos, conforme dados de SAFRAS & Mercado.
* O preço FOB (flat price) para abril ficou entre US$ 495,00 e US$ 502,40 a tonelada na terça-feira. No dia anterior, a cotação oscilou entre R$ 491,40 e R$ 498,70.
CÂMBIO
* O dólar comercial opera com baixa de 0,05% a R$ 5,004. O Dollar Index recua 0,09% a 102,11 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia fecharam em alta. Xangai, +0,41%; Tóquio, +0,57%.
* As principais bolsas na Europa operam firmes. Paris, +0,39%; Frankfurt, +0,22%; Londres, +0,60%.
* O petróleo registra perdas. O WTI para maio recua 0,03% para R$ 81,51 o barril.
Fonte: Agência Safras