O mercado brasileiro de milho teve mais uma semana de cotações em queda. A oferta segue abundante nas principais praças de comercialização, pesando sobre os preços. A decisão de venda do produtor para desocupar armazéns, diante da falta de espaço para uma ampla safra de soja, é aspecto baixista permanente. Por outro lado, o comprador segue tranquilo diante dessa disponibilidade do cereal e pressiona as bases.
Com uma boa oferta da safra de verão de milho e com a expectativa de uma safrinha recorde no Brasil, é natural a postura dos consumidores no momento com a aposta de cotações mantendo uma trajetória de baixa. E no mercado internacional também o cenário é de um viés de queda nos preços na Bolsa de Chicago (CBOT).
O relatório de oferta e demanda de maio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado sexta-feira passada, dia 12, confirmou a previsão de uma safra de milho gigante nos Estados Unidos. O relatório foi muito baixista e até aqui as condições climáticas ratificam uma perspectiva de ampla oferta também americana. Ou seja, tanto no Brasil quanto no exterior o quadro é negativo para a formação de preços, a não ser que ocorra algum grave problema climático por aqui ou por lá.
No balanço desta semana, o milho na base de venda em Cascavel, Paraná, caiu de R$ 58,00 para R$ 55,00 a saca, baixa de 5,2%. Em Campinas/CIF, o milho caiu na base de venda nestes últimos dias de R$ 62,00 para R$ 58,00 a saca, perda de 6,4%. Na região Mogiana paulista, o cereal baixou no comparativo semanal de R$ 57,00 para R$ 53,00 a saca, queda de 7%.
Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação caiu nesta semana de R$ 55,00 para R$ 49,00 a saca (-10,9%). Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço no balanço caiu de R$ 64,00 para R$ 63,00, recuo de 1,6%.
Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda na semana desceu de R$ 54,00 para R$ 52,00 a saca (-3,7%). E em Rio Verde, Goiás, o preço na venda baixou de R$ 53,00 para R$ 50,00 a saca (-5,7%).
Fonte: Agência Safras