A queda de 0,83% na cotação do dólar, os prêmios em leve queda de 1 a 3 cents (apesar da compra de 12 cargos pela China nos dois últimos dias) suplantaram a levíssima alta de 0,31% da soja em Chicago, nesta terça-feira.
Com isto, os preços médios oferecidos sobre rodas nos portos brasileiros caíram 1,08%, para R$ 80,98/saca, aumentando as perdas nos dois dias úteis de junho para 1,94%. No interior, onde o preço da soja oscila por outros fatores, o preço caiu apenas 0,04%, para R$ 76,24/saca, aumentando as perdas de junho para 1,15%.
Os principais fatos do dia foram: *China comprou cerca de 12 cargos (720.000 toneladas) de soja da América do Sul, nos últimos 2 dias; *As vendas de Origem no Brasil foram de 300 mil toneladas nesta segunda-feira e as na Argentina, de 250 mil toneladas; *O mercado de Paper em Paranaguá negociou hoje Março a +34. Sinais de alerta:
- O aumento de compras de soja pela China não aumentou os prêmios de exportação no Brasil;
- Os atrasos no plantio de soja americana tiveram peso menor do que a redução nos embarques semanais e não fizeram Chicago subir muito;
- Com os acertos na questão da Previdência, a cotação do dólar tende a cair daqui para frente em direção a R$ 3,50, seu leito natural. d) os vendedores de Origem no Brasil e na Argentina fizeram muito bem em aproveitar os prêmios ainda elevados do grão.
Chicago: Redução das exportações limita a alta da soja
Os futuros de soja fecharam a sessão desta terça-feira em leve alta de 2,75 cent/bushel. O contrato de julho fechou a 881,75. Os contratos futuros de farelo de soja fecharam em alta de 0,5/tonelada curta, com julho fechando a $ 321,0.
O óleo de soja, por sua vez, também fechou em queda de 15 pontos com junho a $ 27,49. Os atrasos no plantio dos EUA sustentam os lucros leves para soja e milho. Os contratos de soja terminaram os dias com ganhos leves e foram colocados em US$ 323/TN. Os preços encontraram apoio no atraso do plantio nos EUA.
De acordo com o USDA, na segunda à tarde, apenas 39% da superfície intencional teria sido alcançado, contra o 79% da série histórica para a época do ano. Esta situação ganha especial relevância, dado o atraso crítico dos principais Estados produtores. A evolução do clima continuará a constituir a variável-chave seguida pelo mercado.
As inspeções de exportação de soja em grão registraram 498.771 toneladas, nesta segunda-feira, contra 535.183 embarcadas na semana anterior e 573.294 tons na mesma semana do ano passado. A média das expectativas do mercado estava entre 400 e 650 mil tons. O acumulado desta temporada está em 34.221.240 tons, contra 46.813.556 t na mesma semana do ano passado.
No mercado físico internacional a cotação do pellets de soja em Rotterdam avançou para US$ 404,00 (afloat). Já as cotações dos óleos vegetais em Rotterdam foram as seguintes (primeiro mês cotado): o óleo de canola fechou a US$ 823,03 (824,04)/t, o óleo de linhaça fechou a US$ 775,00 (772,50)/t, o óleo de soja a US$ 765,61 (764,46)/t, o óleo de girassol a US$ 735,00 (740,00)/t e óleo de palma a US$ 510,00 (505,00)/t.
Fonte: T&F AGROECONÔMICA