Apesar da alta de 1,0% no dólar, a ausência do mercado futuro de Chicago também esfriou as operações do mercado físico, porque as Tradings não tinham como realizar as coberturas de suas operações.

Diante das incertezas sobre como abriria Chicago nesta terça os compradores preferiram chutar preços 0,23% mais baixos nos portos, reduzindo-os para R$ 88,32/saca, contra R$ 88,68/saca do dia útil anterior, nos portos brasileiros e 0,05% no interior, para R$ 82,22/saca, contra R$ 82,26/saca da última sexta-feira.

Nos comentários de pré-abertura da sessão noturna desta segunda-feira registou-se a possibilidade de que as temperaturas do Meio-Oeste americano fiquem abaixo da média. Já os mapas climáticos de 6 a 10 dias e de 8 a 14 dias assinalam temperaturas acima da média.

Por outro lado, começou neste fim de semana a aplicação das novas tarifas recíprocas entre EUA e China, provocando incertezas sobre as conversações entre os dois países, embora haja esperança nos novos encontros.



Sem a cobertura de Chicago os negócios de soja foram fracos nesta segunda-feira

Todos sabemos que as Tradings nem sempre conseguem repassar imediatamente os lotes comprados de agricultores e empresas brasileiras “sobre rodas” nos portos, simplesmente porque os compradores nem sempre estão alinhados na outra ponta, no mesmo momento.

Para não perderem dinheiro, os compradores internacionais fazem coberturas destas posições nos mercados futuros, em Chicago, que é o de maior liquidez no Mundo. Quando Chicago está fechado, todo este processo fica prejudicado e o mercado físico também para. Foi isto que aconteceu hoje, no Mundo Ocidental. Mas, na China, existe o mercado futuro de Dalian, que funcionou e que movimenta mais contratos que Chicago (dê uma olhada nos volumes negociados).

Lá os preços subiram bastante, nesta segunda-feira. Assim, no porto chinês de Dalian os preços finais da soja avançaram para US$ 488,32, contra US$ 479,29 do dia anterior. O farelo também avançou para US$ 420,00/t, contra US$ 417,65 do dia anterior, mas o óleo de soja recuou para US$ 831,63, contra US$ 833,34 do dia anterior.



No mercado internacional os óleos vegetais continuam perdendo força pelo quinto dia consecutivo

Em Rotterdam, o principal porto não-China de demanda de soja e subprodutos, a soja-grão recuou para US$ 359,80 (360,00 do dia anterior) para novembro, o pellets de soja recuou para US$ 360,00 (363,30) t afloat.

Os preços de alguns óleos vegetais, para o primeiro mês cotado foram: o óleo de canola voltou a recuar em Rotterdam para US$ 882,23 (883,97) t, o óleo de linhaça permaneceu inalterado em US$ 757,50 (757,50), o de soja subiu para US$ 768,11 (766,47), o óleo de girassol avançou para US$ 760,00 (750,00) e o óleo de palma caiu para US$ 567,50 (570,00).

Fonte: T&F Agroeconômica

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