As plantas respondem normalmente a fatores ambientais e climáticos como temperatura do ar (soma térmica), disponibilidade hídrica e ao fotoperíodo (no caso de algumas espécies), sendo que a deficiência de alguns desses fatores, especialmente a disponibilidade hídrica pode prejudicar o crescimento e desenvolvimento vegetal.

De modo geral, o zoneamento agrícola de risco climático (ZARC) estabelece períodos de semeadura para as culturas agrícolas com base em características de clima e solo, visando reduzir os riscos climáticos. Contudo durante o ciclo de desenvolvimento da cultura, uma série de fatores pode influenciar a produtividade de culturas agrícolas.

Visando embasar o posicionamento de práticas de manejo, acompanhar as projeções climáticas é fundamental para aumentar a assertividade dos manejos. Em mais um episódico do ClimaCast – RTC, a Eng. Agrônoma e CEO AGRYMET Bárbara Sentelhas, traz as previsões climáticas para os próximos 30 dias para as principais regiões produtoras de grãos do Rio Grande do Sul.

Com base nas previsões, Bárbara destaca haver sedução significativa da temperatura para os dias 11 e 12/6, assim como para 05/07, havendo necessidade de maior cautela, especialmente com as culturas mais sensíveis ao frio, caso as previsões se concretizem. Já com relação aos fenômenos Climáticos, Sentelhas explica haver uma persistência do fenômeno La Niña, demonstrando continuidade desse fenômeno durante o mês de junho.



Embora os efeitos do La Niña incluam a redução do volume de chuvas para a região Sul do Brasil, com base nas previsões climáticas são esperados altos volumes de chuva para os próximos 30 dias, especialmente para as regiões Noroeste, Planalto e Noroeste Centro. Os volumes acumulados de chuva podem ultrapassar os 200 mm em muitas regiões de cultivo, sendo esperados 192 mm em São Luiz Gonzaga; 240 mm em Santa Rosa; 247 mm em Campo Novo; 227 mm em Água Santa; 238 mm em Sarandi; 234 mm em Não-Me-Toque; 223 mm em Ibirubá; 231 mm em Panambi; 231 mm em Cruz Alta; 175 mm em Tupanciretã; 183 mm em Júlio de Castilhos; 128 mm em São Sepé; 115 mm em Caçapava do Sul; 69 mm em Bagé e 61 mm em Arroio Grande.

Com base em dados históricos e projeções climáticas, é possível observar perspectivas de produtividade superior a 40 sc ha-1 para esta safra de trigo. As previsões de safra indicam que as regiões Noroeste e Planalto se destacam por apresentarem as maiores produtividades, seguidas pelas regiões Noroeste Centro e região Centro Sul. Além disso, com base nas condições observadas e dados históricos, até o presente momento, é possível observar que o plantio mais tardio do trigo pode beneficiar a produtividade da cultura, entretanto, cabe destacar que por se tratar de uma variável complexa, a produtividade pode variar em função de uma série de fatores.

Figura 1. Previsão de produtividade do trigo para diferentes regiões de produção e época de semeadura.

Fonte: Rede Técnica Cooperativa – RTC

Confira abaixo mais um ClimaCast – RTC com as previsões climáticas para sua região de cultivo.


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