A produção brasileira de soja em 2018/19 deverá totalizar 118,242 milhões de toneladas, com redução de 2,9% sobre a safra da temporada anterior, que ficou em 121,8 milhões de toneladas. A revisão foi divulgada por SAFRAS & Mercado. No dia 3 de maio, data do relatório anterior, a projeção era de 117,925 milhões de toneladas.
Com a colheita finalizada, SAFRAS indica aumento de 2,8% na área, que ficou em 36,339 milhões de hectares. Em 2017/18, o plantio ocupou 35,337 milhões de hectares. O levantamento indica que a produtividade média deverá passar de 3.464 quilos por hectare para 3.270 quilos.
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Luiz Fernando Roque, houve ajustes finos em áreas e produtividades entre um relatório e outro. Algumas áreas até recuaram um pouco frente à estimativa anterior, mas as produtividades compensaram. Destaque positivo para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que colheram produtividades recordes.
“Destaques negativos consolidados com o Paraná e o Mato Grosso do Sul, que sofreram fortes perdas produtivas devido ao clima irregular registrado ao final de 2018 e início de 2019 em grande parte de suas lavouras”, completa o analista.
Mercado
Com o feriado da quinta, o mercado brasileiro de soja perdeu ritmo. Apesar do balanço positivo de Chicago, o dólar seguiu sob pressão e os prêmios cederam terreno. Com isso, a semana foi de ajustes laterais nos preços internos e de escassos negócios.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos era cotada a R$ 79,00 na quarta, véspera do feriado. Na região das Missões, a cotação era de R$ 78,00 a saca. No porto de Rio Grande, preço ficou em R$ 83,00.
Em Cascavel, no Paraná, o preço era de R$ 77,00 para R$ 76,00. No porto de Paranaguá (PR), a saca era fixada em R$ 82,00.
Em Rondonópolis (MT), a saca tinha preço de R$ 71,50. Em Dourados (MS), a cotação ficou em R$ 71,00. Em Rio Verde (GO), a saca estava cotada a R$ 71,00.
O clima nos Estados Unidos e a complicada finalização da semeadura da nova safra seguem no foco das atenções do mercado. Os negociadores também aguardam por novidades sobre um possível acordo entre China e Estados Unidos.
Fonte: Dylan Della Pasqua/ Agência SAFRAS