O clima quente e seco, com ocorrência parcial e variável de chuvas, interferiu na dinâmica de implantação e nas condições de desenvolvimento das lavouras de soja do Rio Grande do Sul. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (15/12), em regiões onde não ocorreram precipitações, o plantio será retomado quando o solo recuperar a umidade.

A opção por realizar o plantio em solo seco, utilizando sementes tratadas, quase não foi realizada, pois as previsões indicavam provável ausência de chuvas nas próximas semanas. Nas regiões onde o volume de chuvas propiciou teor adequado de umidade nos solos, a semeadura prosseguiu, e em algumas localidades já se aproxima da finalização. No Estado, a semeadura alcançou 85% da área projetada.

Na maior parte do Estado, devido aos efeitos do La Niña, a implantação e o desenvolvimento da cultura estão em atraso em relação aos anos considerados normais. Nesse cenário, os produtores optaram também pelo escalonamento de plantio e por maior variação de ciclo das cultivares utilizadas, mantendo a maior parte com precoces e utilizando sementes de ciclos médio e tardio para minimizar os riscos.

A maior ou menor presença de umidade também interfere no aspecto geral das lavouras. À Leste do Estado há um melhor desenvolvimento e menos sinais de estresse hídrico. Nas regiões Centro e Noroeste, a elevada transpiração das plantas e a baixa reposição de água causou atrasos no crescimento vegetativo e plantas murchas em parte das lavouras, que recuperam a turgidez somente nas horas sem insolação.

A área projetada para a safra 2022/2023 é de 6.568.607 hectares. A produtividade estimada é de 3.131 kg/ha. O tempo quente e seco, com ocorrência parcial e variável de chuvas, interferiu na dinâmica de implantação e nas condições de desenvolvimento das lavouras. Em regiões onde não ocorreram precipitações, o plantio será retomado quando o solo recuperar a umidade. A opção por realizar o plantio em solo seco, utilizando sementes tratadas, quase não foi realizada, pois as previsões indicavam provável ausência de chuvas  nas semanas seguintes.

Nas regiões onde o volume precipitado propiciou teor adequado de umidade nos solos, a semeadura prosseguiu, e, em algumas localidades, já se aproxima da finalização. No Estado, a semeadura alcançou 85% da área projetada. Na maior parte do Estado, devido aos efeitos do La Niña, a implantação e o desenvolvimento da cultura estão em atraso em relação aos anos considerados normais. Nesse cenário, os produtores optaram, também, pelo escalonamento de plantio e por maior variação de ciclo das cultivares utilizadas, mantendo a maior parte com precoces e utilizando sementes de ciclos médio e tardio para minimizar os riscos.

A maior ou menor presença de umidade também interfere no aspecto geral das lavouras. A Leste do Estado, há um melhor desenvolvimento e menos sinais de estresse hídrico. Nas regiões Centro e Noroeste, a elevada transpiração das plantas e a baixa reposição de água causou, em parte das lavouras, atrasos no crescimento vegetativo e plantas murchas, que recuperam a turgidez somente nas horas sem insolação.

Em termos fitossanitários, as pulverizações de herbicidas não estão sendo recomendadas nas áreas onde o solo está muito seco, pois pode haver fitotoxidade para a soja e baixo índice de controle das invasoras. Além disso, as temperaturas elevadas associadas com baixa umidade relativa do ar são fatores que depreciam demasiadamente as aplicações.

Na região administrativa da Emater/RSAscar de Bagé, as condições de umidade no solo não foram suficientes para a evolução do plantio, com exceção de algumas áreas de várzeas na Campanha, onde havia alguma umidade até 08/12. A área plantada já é bastante expressiva e supera os índices de evolução de semeadura na comparação com o mesmo período de anos anteriores, atingindo, até o momento, aproximadamente 85% do total estimado entre as regiões da Campanha e Fronteira Oeste. O estande de algumas lavouras implantadas no final de novembro ficou abaixo do ideal devido à combinação de temperaturas elevadas na superfície do solo e da rápida redução na umidade, favorecida também pelos ventos constantes. Em São Borja, São Gabriel e Maçambará, os produtores que realizaram o plantio contando com as chuvas, previstas e não confirmadas, estão apreensivos por causa do baixo índice de germinação observado. A decisão de efetuar o replantio é analisada. Em Hulha Negra, Aceguá e Candiota, há satisfação com o estande das lavouras. A ocorrência de novas chuvas deve possibilitar o fechamento das entrelinhas nas primeiras áreas implantadas entre o final de outubro e início de novembro, situação importante para evitar a reinfestação de ervas daninhas e reduzir as perdas de umidade do solo.

Na de Caxias do Sul, a semeadura está prestes a ser concluída, restando ainda as áreas em sucessão ao trigo por colher nos Campos de Cima da Serra. As lavouras apresentam boa Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1741, p. 9, 15 dez. 2022 germinação e bom estabelecimento inicial. Não há ocorrência de pragas que exijam controle até o momento.

Na de Erechim, foram semeados 90% dos cultivos, e 90% das lavouras encontramse nas fases V2 e V4. Na região limítrofe a Santa Catarina, os solos apresentamse muito secos pelo período seco, e as lavouras demonstram sinais de estresse hídrico. Mais ao Sul da  região, os produtores iniciaram os tratos culturais em função da ocorrência de chuvas.

Na de Frederico Westphalen, a semeadura avançou e alcançou 87%, favorecida pelas chuvas. Porém, os produtores mantiveram a precaução, visto que as precipitações foram em baixo volume e irregulares, podendo atrasar a germinação e o desenvolvimento das lavouras implantadas nos últimos dias. As lavouras implantadas até os primeiros dias de novembro têm um bom desempenho.

Na regional de Ijuí, a semeadura alcançou 86%, com evolução distinta, dentro e entre municípios, na região. Em Campo Novo, em Jóia e em Santa Bárbara do Sul, a operação ultrapassou 95% da área projetada. De maneira geral, a cultura apresentou boa emergência, e pequenas áreas apresentam baixa densidade de plantas. Até o momento, não foi  necessário o replantio, mas aproximadamente 40% das lavouras nos estádios iniciais de desenvolvimento, ou seja, entre a emergência e a formação dos cotilédones e de folhas unifoliadas, que ainda não apresentam estande ideal de plantas. As lavouras em estádio de formação dos trifólios apresentam densidade de plantas dentro do tolerado e resistem à baixa umidade nos solos, mas apresentam desenvolvimento lento.

Na regional de Lajeado, as lavouras estão em fases iniciais e ainda não sofrem reflexos negativos no seu potencial produtivo, pois as condições de tempo mantiveramse satisfatórias.

Na de Passo Fundo, a implantação alcançou 85% da área projetada, com algumas interferências da irregularidade nas chuvas.

Na de Soledade, a semeadura aproximase do final, com 95% da área implantada. Restam áreas a semear em Rio Pardo, Encruzilhada do Sul e em alguns municípios do Alto da Serra do Botucaraí, onde eram mais expressivos os cultivos de trigo e demais cereais de inverno. As últimas chuvas, entre 02 e 04/12, viabilizaram a continuidade da semeadura na semana e favoreceram a germinação e a emergência de algumas lavouras semeadas em solo seco no período anterior. As lavouras estão com um adequado desenvolvimento inicial, e as altas temperaturas registradas não causaram impactos negativos.


Na de Pelotas, a semeadura foi praticamente paralisada pela baixa umidade e alcançou 90% da área estimada. Em Arroio do Padre, em Tavares e em Santa Vitória do Palmar, foi finalizada. As lavouras apresentam muito bom desenvolvimento, e uma pequena parcela já iniciou o florescimento.

Na de Porto Alegre, a semeadura evoluiu lentamente e alcançou 76% da área. Em parte da região Butiá e Minas do Leão , a operação foi suspensa por falta de umidade no solo. Na de Santa Maria, não foram realizados novos plantios no período. A insuficiência de chuvas também causa preocupação, pois parte das lavouras já iniciou o período reprodutivo, a partir da floração, que é uma das fases mais sensíveis à falta de umidade.

Na de Santa Rosa, a área semeada avançou de forma moderada, passando de 76% para 86% durante o período, mas limitada pela falta de umidade em solo onde as chuvas não foram suficientes. Já onde as precipitações foram adequadas, a germinação ocorreu normalmente e formou uma boa população de plantas. Nas lavouras semeadas em novembro, observase problemas de estande, por isso são necessárias algumas ressemeaduras. Nas lavouras com maior porte entre V3 e V5 foram observadas infestações de ácaros e moscasbrancas, exigindo o controle.

Programa Monitora Ferrugem RS

No período de 28/11 a 04/12/22, o laudo apresenta os resultados do monitoramento de esporos da ferrugem asiática da soja, fungo Phakopsora pachyrhizi, em Unidades de Referência Técnica no estado do Rio Grande do Sul. Esta informação aliada a outras práticas de manejo da cultura da soja serve de subsídio para a tomada de decisão dos agricultores. A ocorrência de esporos da ferrugem asiática da soja continua seu processo de elevação nas últimas semanas, nesta semana de monitoramento se identificou grande número de esporos nos coletores de Aceguá, Ijuí, Santiago, Jaguarão e presença de esporos em quase todo o território gaúcho. Assim, recomendase aos técnicos e aos produtores observância das condições climáticas para o manejo eficaz da ferrugem.

Comercialização (saca de 60 quilos)

Segundo o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RSAscar no Estado, o valor médio apresentou elevação de +3,07%, passando de R$ 166,92 para R$ 172,04.

Fonte: Emater/RS



DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.