Com o objetivo de corrigir a acidez do solo e melhorar a sua fertilidade, agricultores de Colinas têm adotado a calagem como alternativa de manejo. A prática visa a reduzir os efeitos naturais da degradação do solo, especialmente nas propriedades em que é plantado o milho das modalidades safra e safrinha, além de grãos, como trigo e soja. “Como as propriedades rurais do município possuem áreas médias de 11 hectares, a rotação de culturas também é feita de forma reduzida, o que faz com que haja uma espécie de sobrecarga”, salienta a extensionista da Emater/RS-Ascar, Lídia Dhein.

Nesse sentido, a aplicação de calcário surge como ferramenta que eleva o pH, fornecendo ainda cálcio e magnésio para as plantas. “Além disso, a correção é importante, pois amplia a oferta de nutrientes para as plantas absorverem”, comenta Lídia. Os agricultores Elias Müller, da localidade de Linha Leopoldina, e Roberto Rohsig, da Linha Ano Bom, são adeptos da prática e realizaram a calagem na primeira quinzena de maio, antes da ocorrência das chuvas do mês. “O resultado sempre impressiona, pois a pastagem fica muito mais vistosa, verde, com ótimo vigor e bem desenvolvida”, observa Müller.

Já Rohsig tem por hábito aplicar dejetos suínos nas lavouras, o que exige uma compensação com o uso do calcário. “O equilíbrio no sistema resulta num melhor aproveitamento pelas plantas”, avalia. A próxima etapa, segundo Müller, será a do plantio do trigo de duplo propósito, que servirá de alimento para as vacas leiteiras. Já Rohsig, com o apoio do filho Vitor, prepara a terra para semear aveia preta, que além de servir para o pastejo do rebanho, garante o excedente como cobertura verde. “Como o calcário é um insumo barato, é possível economizar nas adubações, com a garantia de boa resposta”, explica Lídia.

A atividade tem o apoio da Prefeitura e da Secretaria de Agricultura de Colinas, por meio da secretária Raquel Diehl. “A ação busca preservar o solo, garantir a manutenção dos nutrientes e evitar a erosão e a lixiviação, gerando renda de forma sustentável e sem agredir o meio ambiente”, afirma Raquel. A Emater/RS-Ascar trabalha por meio de parceria com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), do Governo do Estado.

Fonte: Emater/RS-Asca

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