Depois de quase três meses de negociações, o presidente Trump e o presidente chinês Xi Jinping não conseguiram chegar a uma conclusão para pôr fim às tarifas impostas aos produtores de soja americanos pela China, que vigora desde julho de 2018, solução esta que teria trazido grande alívio aos produtores de soja dos EUA.
Davie Stephens, produtor de soja de Clinton, Kentucky, e presidente da American Soybean Association (ASA) declarou: “Estamos contentes que as conversações entre os dois países continuarão sem o aumento de tarifas anteriormente esperado no prazo de 90 dias no final desta semana, mas precisamos de resolução e estamos desanimados por ainda ser difícil ver um fim tangível à vista ”.
O governo chinês anunciou recentemente e começou a cumprir os compromissos assumidos entre os dois governos em comprar soja americana, totalizando cerca de 20 milhões de toneladas, o que é um passo positivo. No entanto, a ASA continua a pressionar por compras “não parceladas” e espera ver o acesso aberto ao mercado da China restaurado através da remoção de tarifas.
O valor das exportações de soja dos EUA para a China cresceu exponencialmente. Nos últimos 20 anos, saiu de US$ 414 milhões (em 1996) para US$ 14 bilhões, em 2017. A China importou 31% da produção dos EUA em 2017, o equivalente a 60% do total dos EUA. Nos próximos 10 anos, espera-se que a demanda chinesa por soja responda pela maior parte do crescimento do comércio global de soja, tornando-se ainda mais relevante para os exportadores dos EUA e de outros países.
Embora a ASA esteja satisfeita com o fato de o governo ter anunciado que as negociações foram positivas e continuarão após a janela de 90 dias imposta por Trump, os produtores de soja continuam pressionando o governo a revogar as tarifas e fazendo da soja uma parte da redução do déficit comercial com a China.
Fonte: The American Soybean Association (ASA)
