A área projetada para a safra 2022/2023 é de 6.568.607 hectares. A produtividade estimada é de 3.131 kg/ha.

A semeadura da soja seguiu em ritmo acelerado até o dia 8/11, quando a umidade do solo se tornou abaixo da ideal. Mesmo assim, vários agricultores deram prosseguimento ao plantio até 10/11, baseados na previsão de novas precipitações, que garantiriam umidade suficiente para a germinação e emergência das plantas. A área semeada é estimada em 30% da projetada.

As lavouras estão, em maior parte, com as sementes em germinação um pouco mais lenta do que o habitual devido às baixas temperaturas noturnas e à rápida diminuição da umidade nos solos. As lavouras emergidas apresentam plantas ainda de estatura baixa e folhas pequenas, mas sem sintomas de danos ou ataque de pragas e doenças. A ocorrência de chuvas entre 12 e 13/11 e a reposição de umidade deverão acelerar e uniformizar o estabelecimento inicial, um dos fatores principais na definição do potencial produtivo.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a semeadura foi efetuada entre 15 e 30% da área projetada. O menor índice é na Fronteira Oeste, invertendo a habitual proporção com a região da Campanha, onde normalmente é mais tardio. O atraso é condicionado pelo reduzido período com umidade ideal para a operação, pois, mesmo após as chuvas, a elevada insolação e a constância de ventos secaram rapidamente os solos. Na Campanha, apesar de estar mais adiantada, a operação deverá se estender até meados de dezembro, conforme a prática preferencial dos produtores da região.

Na de Caxias do Sul, a semeadura avançou rapidamente, ocupando quase a totalidade das áreas destinadas à cultura, onde não há ocupação com as de inverno. Embora o volume de chuva tenha sido baixo nos últimos dias, a umidade do solo ainda está adequada para que ocorra boa germinação.

Na de Frederico Westphalen, a implantação alcança 60% da área projetada. Está um pouco atrasada em relação aos anos anteriores em função das temperaturas baixas no mês de outubro e devido ao atraso na colheita do trigo. As lavouras apresentam boa germinação e estabelecimento inicial.

Na regional de Ijuí, a área semeada passou de 13% para 26%, mas segue bem abaixo das médias de implantação em comparação com as safras anteriores, para a mesma época do ano. Os solos secos contribuíram para a realização da operação nas áreas em que a soja está sucedendo a cultura de trigo. O grande volume de palha remanescente do cereal pode ser cortado facilmente em solos nessas condições, evitando aderência de argila nos mecanismos de sulcamento e distribuição de sementes e fertilizantes, conferindo um alto rendimento operacional.

Na de Pelotas, foram semeados 32% dos cultivos planejados. Os maiores índices são em Santa Vitória do Palmar, com 70%, e em Canguçu, com 50% implantados.

Na de Porto Alegre, o plantio se intensificou com a reposição de umidade nos solos, o que permitirá que a maioria das lavouras sejam implantadas até o final de novembro.

Na de Santa Maria, a semeadura alcançou 40%.

Na de Santa Rosa, a área semeada avançou de 12% para 22% durante o período, ocupando o terreno conforme avançava a colheita de trigo. Nas primeiras lavouras semeadas, a germinação e a população de plantas emergidas são consideradas muito boas. Parte dos produtores realizou o plantio em solos com baixa umidade em função da previsão de chuvas, que se concretizaram entre 12 e 13/11, em volumes entre 35 mm e 46 mm, o que proporcionou a reposição de umidade nos solos para germinação e emergência.

Na de Soledade, as condições de umidade do solo em geral se mantiveram adequadas para a semeadura. Estima-se que foram semeados 20% da área projetada. As lavouras implantadas têm boa germinação e emergência, e o estande de plantas está dentro dos padrões técnicos recomendados.

Programa Monitora Ferrugem RS

No período de 31/10 a 06/11/22, pela segunda semana de monitoramento se observa um foco de esporos coletados na região noroeste do Rio Grande do Sul. A detecção de esporos é um indicativo da presença do patógeno no ambiente, e nestes locais recomenda-se aos técnicos e aos produtores observância das condições climáticas para o manejo da ferrugem. O Monitora Ferrugem é projeto da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural – SEAPDR executado pela Emater/RS-Ascar em colaboração com laboratórios privados, instituições de ensino e pesquisa do Estado.

Comercialização (saca de 60 quilos)

Segundo o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Estado, o valor médio apresentou elevação de +1,22% passando de R$ 172,68 para R$ 174,79.

Fonte: Informativo Conjuntural n° 1737, Emater/RS



 

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