Previsão Agrometeorológica* (24/10/2022 a 31/10/2022)
N-NE: São previstos acumulados de chuva superiores a 50 mm no Sul do Pará e Oeste de TO e acima de 80 mm em áreas centrais do AM. No AP e Extremo Norte do PA, não são previstas chuvas. Nas demais áreas da região Norte, os acumulados ficarão entre 20 e 50 mm. No Centro-Sul do Matopiba, os volumes ficarão entre 10 e 50 mm, o que contribuirá com a redução do déficit hídrico no solo para o início da semeadura da soja. No Extremo Sul da Bahia terão acumulados superiores a 50 mm. Em áreas do Sealba, podem ocorrer pancadas de chuva de baixos volumes, o que manterá as condições favoráveis para a maturação e colheita do milho 3ª safra.
CO: Há previsão de chuva em grande parte da região, com acumulados entre 20 e 60 mm no Sul de GO, Centro e Norte de MT. Nas regiões produtoras do MS, os acumulados ultrapassarão 50 mm, podendo registrar volumes acima de 100 mm no Sul. Nessas áreas,
a umidade no solo será favorável para a semeadura e o desenvolvimento da soja. Nas demais, são previstos acumulados de chuva inferiores a 20 mm e a umidade permanecerá baixa.
SE: Há previsão de acumulados de chuva maiores que 50 mm e que podem ultrapassar 80 mm no Oeste de SP, Triângulo e Sul de MG. No Centro e Norte de MG, Sul do ES e parte do RJ, a previsão é de baixos volumes, inferiores a 20 mm. Entretanto, em áreas do Norte do ES, Vale do Jequitinhonha e Mucuri, em MG, podem ocorrer volumes acima de 40 mm. No geral, as condições serão favoráveis para a florada do café. Para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de verão, permanecerá a restrição hídrica no Noroeste, Centro o Norte de MG.
S: São previstos acumulados de chuva entre 20 e 50 mm em grande parte da região, com destaque para áreas do Centro e Norte do PR, onde os volumes podem ultrapassar 80 mm a partir do final da semana. Nesse meio-tempo, as condições estarão favoráveis para a colheita do trigo que se encontra adiantada nessas áreas. No Centro-sul do RS e Leste de SC, os volumes previstos serão inferiores a 30 mm. No geral, as condições serão favoráveis para os cultivos de inverno em estágios reprodutivos e de verão em desenvolvimento.
Progresso de Safra:
- Soja
34,1% semeado. No MT, o plantio avança rapidamente, com 63,9% semeado. Porém, no Sudeste e Leste algumas propriedades paralisaram os trabalhos devido a falta de umidade no solo. No RS, os agricultores seguem com cautela o plantio, devido ao receio de nova influência do La Niña. No PR, a continuidade do tempo úmido e frio causou leve piora na situação de algumas lavouras, porém a maioria apresenta bom desenvolvimento. Em GO, a redução das precipitações causou uma diminuição da intensidade do plantio. Em MS, a diminuição das chuvas permitiu uma maior evolução do plantio e melhoria no desenvolvimento. Em SP, a redução das chuvas permitiu um avanço no plantio. Em TO, algumas áreas foram semeadas em Caseara e Alvorada.
- Milho 1° Safra
35,8% semeado. No RS, as lavouras evoluem satisfatoriamente, com os tratos culturais sendo realizados no momento adequado. Em MG, o plantio avança com a regularização das chuvas. No PR, as chuvas atrasam o plantio. A maioria das lavouras apresenta bom desenvolvimento, porém 12% das áreas estão em situação ruim ou regular, devido ao excesso de chuvas e as baixas temperaturas, que provocam atraso no desenvolvimento. Em SC, o plantio e o desenvolvimento inicial também foi prejudicado pelo excesso hídrico e as baixas temperaturas. Em GO, há tendência de redução da área. Na região Leste, 45% da área prevista foi semeada. Na BA, o plantio teve início em áreas irrigadas. O plantio de sequeiro terá seu início após a regularização das chuvas.
- Trigo
35,6% colhido. No RS, na região do Alto Uruguai, a colheita ocorre lentamente. Nas Missões e Itaqui-São Borja, a operação está adiantada e mais intensa. As lavouras colhidas estão com boas produtividades. No Planalto Superior e parte do Planalto Médio, as chuvas ocorridas propiciaram o desenvolvimento da giberela nas lavouras em florescimento e início do enchimento de grão. No PR, as áreas colhidas apresentam produtividade abaixo do esperado. As chuvas ocorridas no ponto de colheita diminuíram o PH do grão e sua qualidade. Estima-se que 12% das áreas cultivadas estejam em situação ruim. As lavouras em melhores condições são as mais tardias. Em SC, a colheita avança, porém as chuvas frequentes favorecem as doenças fúngicas de final de ciclo. São registradas perdas qualitativas e quantitativas em algumas lavouras, principalmente as que se encontram em floração.
- Arroz
35,4% semeado. No RS, a região mais adiantada no plantio é Pelotas que atinge 90% da área prevista, entretanto, a alta umidade contribuiu para a redução no ritmo da semeadura devido à dificuldade de operar o maquinário no solo mais úmido. Em SC, as chuvas frequentes e a menor incidência solar prejudicaram o desenvolvimento das lavouras, além do aumento de plantas daninhas. No TO, a semeadura segue lenta devido à escassez de precipitações nas áreas produtoras. No MA, as lavouras de arroz irrigado estão em enchimento de grãos e em menor proporção em maturação. O plantio do arroz sequeiro nas regiões Centro e Norte maranhenses ainda não tiveram início.
Fonte: Conab
