O presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, destacou há pouco, durante painel pelo VI Congresso e Central de Negócios Brasil Sul de Avicultura, Suinocultura e Laticínios, na Fiergs, em Porto Alegre (RS), que o projeto duas safras está mudando a realidade da produção de trigo e milho do Rio Grande do Sul. “O estado enfrentava uma carência muito forte de milho, por conta das dificuldades logísticas para se trazer o cereal. A saída foi conversar com a Embrapa Trigo para tentar melhorar a produção de grãos no estado na safra de inverno, por meio do trigo e de outras culturas, que pudessem ser utilizadas como uma alternativa ao milho na ração animal, o que teve o aval da Embrapa Milho e Sorgo”, argumenta.

Por meio dessa mudança, Gedeão salienta que o Rio Grande do Sul está colhendo hoje uma safra de 4,5 milhões de toneladas, das quais 3 milhões de toneladas poderão ser exportadas.

O dirigente explica também que, por meio do projeto duas safras, com o apoio da Embrapa de Pelotas, foi possível descobrir que é possível produzir milho irrigado na Metade Sul do estado, como uma espécie de segunda safra para as áreas destinadas ao cultivo de arroz. “Temos de levar em conta que a produção de milho em outras áreas do estado não irá crescer mais, pois dependem muito mais de água do que para o cultivo de soja e com um custo maior. Assim, a Metade Sul terá um grande salto na produção de milho no estado”, pontua.

Gedeão informa que o projeto duas safras contribuirá para a realização de investimentos no estado de indústrias de fertilizantes, de indústrias químicas e farmacêuticas, de instituições financeiras, entre outros, o que levará a um incremento de 7% no PIB do Rio Grande do Sul, somando um valor de R$ 31,9 bilhões, e auxiliando ainda mais as culturas de trigo e milho.

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Autor/Fonte: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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