O controle de plantas daninhas é cada vez mais complexo em um sistema de produção, alguns herbicidas pós-emergentes já não apresentam a eficiência esperada no controle de certas plantas daninhas em decorrência da resistência dessas á mecanismos de ação dos herbicidas. O uso contínuo de herbicidas com o mesmo mecanismo de ação é o principal responsável por aumentar a pressão a pressão de seleção e consequentemente seleção de biótipos de plantas daninhas resistentes aos herbicidas.

Um dos casos mais conhecidos é o da Buva (Conyza spp.) que apresenta resistência ao glifosato, herbicida mais utilizado para o controle de plantas daninhas no cultivo da soja RR. Pensando nisso, é fundamental pensar em estratégias que possibilitem a rotação de mecanismos de ação de herbicidas, diminuindo assim a pressão de seleção de plantas daninhas.

Uma das principais alternativas para rotacionar mecanismos de ação de herbicidas é a utilização de herbicidas pré-emergentes os quais aturam diretamente no banco de sementes do solo. Entretanto, certos cuidados devem ser tomados para a utilização correta desses herbicidas.



Em vídeo o professor da Universidade Federal do Paraná e supervisor do Grupo Supra Pesquisa Leandro P. Albrecht, trata dos principais critérios para a utilização desses herbicidas. Leandro destaca que algumas características são fundamentais para o correto posicionamento do produto, tais como:

  • Características físico e químicas do produto
  • Características físico, químicas e biológicas do solo
  • Clima

Com relação as características físico e químicas do produto, o professor destaca que a solubilidade do produto, se é iônico ou não iônico, ácido fraco ou não, assim como a lipofilicidade do produto são essenciais para entender algumas interações do produto que resultam na ação eficiente ou não.

Já com relação a características do solo, a textura assim como o pH, a umidade, a matéria orgânica e a palhada do solo exercem influência direta sobre o funcionamento de alguns produtos.


Veja também: Por que usar pré-emergentes


Segundo Albrecht “precisa de água” para que o herbicida haja sobre a sementeira, sendo fundamental para a solubilidade do produto, para que o produto possa agir e também para evitar efeitos residuais indesejados. O professor destaca que além da umidade, é fundamental ter cuidado com outros fatores como a palhada do solo, sendo que herbicidas como a Trifluralina ficam fortemente retidos na palhada podendo ser fotodegradados, diminuindo a eficiência do produto.  Outro produto que Leandro destaca ser fundamental cuidado na sua utilização é a associação de imazapic + imazapyr, sendo que segundo o professor, para que não ocorra efeito residual indesejado na cultura do soja, é necessário que o produto seja aplicado 30 dias antes da soja e são necessários 100mm de chuva para evitar o residual indesejado sobre a cultura, entretanto, o produto é uma excelente ferramenta para o controle de plantas daninhas como o capim-amargoso (Digitaria insularis).

Confira abaixo as dicas do professor Leandro P. Albrecht.


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