Ao longo do ciclo de desenvolvimento do trigo, uma série de doenças podem acometer as plantas, afetando a produtividade e qualidade dos grãos produzidos. Dentre as principais doenças fungicidas que acometem a cultura, destacam-se o oídio, a ferrugem da folha, a mancha-amarela, a ferrugem do colmo e a giberela.
Os danos variam em função da doença, suscetibilidade da cultivar, estádio em que acomete a cultura e condições ambientais. Embora o uso de cultivares resistentes contribua para o manejo de doenças fúngicas no trigo, o uso de fungicidas ainda é indispensável para a obtenção de boas produtividades.
Para doenças como o oídio, a ferrugem da folha e mancha-amarela, há um limiar de ação pré-definido com base na incidência foliar a partir do alongamento do trigo que defini a necessidade de controle, já para a giberela, as aplicações de fungicidas devem ocorrer durante o período suscetível da cultura ao fungo.
Veja mais: Giberela – Extrusão das anteras é momento mais suscetível do trigo à doença
No entanto, além do posicionamento de fungicidas no momento adequado, é preciso assertividade na escolha do defensivo, utilizando fungicidas indicados para o controle das doenças presentes na lavoura e registrados para a cultura, com eficiência comprovada.
Confira nas tabelas abaixo os fungicidas indicados na 16ª Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale, para o controle das principais doenças do trigo, a concentração dos produtos e doses recomendadas para a cultura.
Tabela 1. Fungicidas indicados para controle de oídio (Blumeria graminis f. sp. tritici), manchas foliares [Bipolaris sorokiniana (Bs), Drechslera tritici-repentis (Dt-r) e Stagonospora nodorum (Sn)], ferrugem da folha (Puccinia triticina) e ferrugem do colmo (Puccinia graminis f. sp. tritici).
Tabela 2. Fungicidas indicados para o controle da giberela (Fusarium graminearum) em trigo.
Vale destacar que, se tratando da giberela, caso as condições climáticas impeçam a realização das aplicações de fungicidas no período indicado, não haverá possibilidade de controle. Conforme Almeida (2024), o período de predisposição à infecção: estende-se do início da floração (presença de anteras soltas e presas) até estádio de grão leitoso (presença de anteras presas).
Referências:
ALMEIDA, J. L. INFORMAÇÕES TÉCNICAS PARA TRIGO E TRITICALE: SAFRAS 2024 E 2025. Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária, 2024. Disponível em: < https://static.conferenceplay.com.br/conteudo/arquivo/infotecnitrigotriticalesafras20242025livrodigitalfinal-1721832775.pdf >, acesso em: 02/08/2024.
Foto de capa: Antunes, Joseani Mesquita