O El Niño e a La Niña são partes de um mesmo fenômeno atmosférico-oceânico que ocorre no oceano Pacífico Equatorial (e na atmosfera adjacente), denominado de El Niño Oscilação Sul (ENOS). O ENOS refere-se às situações nas quais o oceano Pacífico Equatorial está mais quente (El Niño) ou mais frio (La Niña) do que a média normal histórica. A mudança na temperatura do oceano Pacífico Equatorial acarreta efeitos globais na temperatura e precipitação.

A caracterização do ENOS é analisada por meio do cálculo de alguns índices, como o Índice Oceânico Niño (Oceanic Niño Index – ONI) definido pela média móvel trimestral da anomalia de temperatura da superfície do mar (ATSM) para a região do Niño 3.4, por no mínimo, cinco meses consecutivos, onde a anomalia maior que 0,5°C está associado a El Niño e inferior a -0,5°C está associado a La Niña. Temos também o Índice de Oscilação Sul (Southern Oscillation Index – SOI) que representa a diferença na pressão média do ar ao nível do mar, medida no Taiti e Darwin, Austrália, que pode indicar o status do acoplamento entre o oceano Pacífico e a Atmosfera.

As previsões de anomalia da TSM para setembro-outubro-novembro de 2021 (SON/2021) dos modelos numéricos de previsão climática analisados indicam que as águas sobre o Pacífico Equatorial devem se apresentar mais frias do que a média histórica. Ou seja, maior probabilidade de desenvolver uma La Niña fraca sobre o Oceano Pacífico Central. A previsão da ocorrência de ENOS realizada pelo IRI/CPC no início do mês de agosto indica maior probabilidade (62%) de que o próximo trimestre (SON) apresente condições de La Niña, e assim segue pelo menos até janeiro-fevereiro-março de 2022 (JFM/2022) (menor do que 60%).

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Fonte: INPE – CPTEC 

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