ESMAGAMENTO DE MAIO

Em maio, o esmagamento da soja em Mato Grosso atingiu volume recorde, processando 1,04 milhão de t, alta de 4,97% em relação ao mês passado. Esse cenário é pautado pela melhora na margem bruta das indústrias, que aumentou 3,54% no comparativo mensal, ficando projetada em R$ 635,69/t na média de MT. Além disso, a demanda externa está aquecida neste momento, principalmente para o farelo de soja, que tem apresentado níveis recordes nas exportações. Desse modo, espera-se que o ritmo do processamento das indústrias em MT continue aquecido até o final do ano, devido à “lacuna” deixada pela menor oferta da Argentina, cenário já observado no escoamento dos subprodutos, em que o estado tem abastecido países que não compravam há algum tempo ou não tinha relações comerciais, como: Cuba, Egito, Gana e Costa do Marfim.

Confira os destaques do Boletim:PRÊMIO SANTOS: com a grande movimentação nos portos, o prêmio Santos apresentou recuo de 5,00%, na semana passada e fechou com média de -¢US$ 100,00/bu.

BOLSA SUBINDO: as condições climáticas desfavoráveis para a safra nos EUA contribuíram para a alta de 3,55% ante a semana passada, e Chicago ficou cotada a R$ 14,11/bu.

DÓLAR: devido à retirada de investimentos no mercado financeiro dos EUA e a retração da economia chinesa, o dólar exibiu queda de 1,57% no comparativo semanal.

O Custo Operacional Efetivo (COE) da soja para a safra 23/24 caiu 0,92% no comparativo mensal, ficando previsto em R$ 5.756,58/ha em MT

A redução em maio está atrelada, principalmente, aos fertilizantes e corretivos, que exibiram queda de 1,92% ante a abril. Por outro lado, apesar da constante queda nas despesas, o preço médio negociado para a safra futura tem “derretido” nos últimos meses em Mato Grosso. Analisando o comportamento do valor comercializado da soja no mês e o ponto de equilíbrio para a safra, pode-se notar que os preços vistos em maio já não cobrem o Custo Efetivo Total (COT). Além disso, o indicador está a R$ 7,37/sc do COE, o que é uma preocupação neste momento, visto que o ritmo das compras de insumos está atrasado e a semeadura está a menos de três meses para o início. Por fim, esse cenário poderá influenciar diretamente no investimento do pacote tecnológico para a safra 23/24, como: redução na adubação.

Fonte: Boletim semanal n° 754 – Soja – Imea



 

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