InícioDestaqueQuando controlar e quais os produtos com registro para a cigarrinha-do-milho?

Quando controlar e quais os produtos com registro para a cigarrinha-do-milho?

Atualmente, uma das pragas mais preocupantes da cultura do milho, seja na safra ou safrinha é a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis). Embora possa causar danos diretos em função da sua alimentação, a cigarrinha-do-milho se destaca pelos danos indiretos, mais especificamente pela transmissão dos enfezamentos, cujos principais são os enfezamentos pálido e vermelho.

Os enfezamentos são doenças do milho causadas pela infecção da planta por microrganismos denominados molicutes (classe Mollicutes-Reino Bactéria), que são um espiroplasma (Spiroplasma kunkelii) e um fitoplasma (Maize bushy stunt) (Embrapa, 2022). Até então, a cigarrinha (Dalbulus maidis) é considerada o principal vetor de transmissão dos enfezamentos, sendo a principal responsável pela disseminação dessas doenças.

Além disso, é conhecido que o milho é o hospedeiro obrigatório da cigarrinha (Dalbulus maidis), logo, o controle de plantas de milho espontânea seja na lavoura e/ou arredores, constitui uma das principais e mais eficazes medidas de controle da praga, reduzindo sua densidade populacional.

Figura 1. Plantas de milho espontâneas.

Foto: Elizabeth de O. Sabato

Além do controle de plantas espontâneas de milho (milho tiguera) durante os períodos entressafra da cultura, outras práticas agronômicas contribuem para a redução do impacto dos enfezamentos na cultura do milho, tais como o tratamento de sementes com inseticidas apropriados, a padronização das datas de semeadura e o uso de cultivares tolerantes aos enfezamentos.



Sobretudo, uma das medidas mais adotadas para o controle da cigarrinha-do-milho é o controle químico com o emprego de inseticidas. Visando reduzir os danos ocasionados pelo impacto promovido pelos enfezamentos no milho (figura 2), o controle químico com o uso de inseticidas registrados para a cultura é uma das medidas de controle mais utilizadas a nível de campo, em especial em lavoura de interesse econômico.

Figura 2. Redução do tamanho de espigas e problemas de polinização/granação em plantas afetadas por enfezamentos.

Foto: Felipe Souto

Atualmente, existem 39 defensivos agrícolas com registro junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), para o controle químico da cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis), seja no tratamento de sementes e/ou em pós-emergência da cultura, contemplando os grupos químicos: neonicotinóide; piretróide; metilcarbamato de oxima; fenilpirazol; benzoiluréia; organofosforado e metilcarbamato de benzofuranila, seja de forma isolada e/ou combinada.

A consulta aos defensivos agrícolas com registro para o controle da cigarrinha (Dalbulus maidis) pode ser acessada clicando aqui, selecionando no menu “pragas”, insetos e doenças, e posteriormente selecionando a classificação e nome científico da cigarrinha do milho.

Tabela 1. Defensivos agrícolas com registro (MAPA) para controle da cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis).

Adaptado: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (2022)

Tabela 1. (Continuação) Defensivos agrícolas com registro (MAPA) para controle da cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis).

Adaptado: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (2022)

Entretanto, além de conhecer as alternativas disponíveis de produtos para o controle da praga, é fundamental atentar para o período de controle da cigarrinha do milho. Mesmo com o uso de inseticidas no tratamento de sementes, pelo limitado efeito residual desses produtos, é fundamentar realizar o controle químico da cigarrinha-do-milho em pós emergência da cultura, especialmente durante o período crítico de ocorrência da praga, que vai da emergência até V5, podendo se estender até V8 dependendo do nível de infestação da praga.

Quando mais cedo ocorre a infecção da planta, maiores os danos e impactos causados pelos enfezamentos. Infelizmente, até então não há definição do nível de ação para o controle da cigarrinha (Dalbulus maidis), uma vez que a capacidade de infecção está relacionada ao número de indivíduos infectados e não a densidade populacional da praga. No entanto, o adequado posicionamento de inseticidas com boa eficiência pode contribuir significativamente para a redução dos enfezamentos na cultura do milho, pelo controle direto do vetor dessas doenças.

Confira abaixo a eficiência de alguns inseticidas no controle da cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis).


Veja mais: Controle químico da cigarrinha do milho – confira o desempenho de alguns ativos



Referências:

AGROFIT. CONSULTA ABERTA. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 2022. Disponível em: < https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons >, acesso em: 05/12/2022.

EMBRAPA. CONTROLE DA CIGARRINHA DO MILHO: ENFEZAMENTOS POR MOLICURES E CIGARRINHA NO MILHO. Embrapa, 2022. Disponível em: < https://www.embrapa.br/controle-da-cigarrinha-do-milho#:~:text=Os%20enfezamentos%20s%C3%A3o%20doen%C3%A7as%20do,fitoplasma%20(Maize%20bushy%20stunt). >, acesso em: 05/12/2022.

Acompanhe nosso site, siga nossas mídias sociais (SiteFacebookInstagramLinkedinCanal no YouTube)

 

 

Equipe Mais Soja
Equipe Mais Soja
A equipe editorial do portal Mais Soja é formada por profissionais do Agronegócio que se dedicam diariamente a buscar as melhores informações e em gerar conteúdo técnico profissional de qualidade.
Artigos relacionados

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Populares