Um fenômeno um tanto quanto incomum tem preocupado técnicos e produtores de soja de algumas regiões brasileiras. Trata-se do quebramento de hastes da soja. Embora muito se discuta sobre as possíveis causas desse fenômeno, até então não há consenso sobre o principal fator desencadeador dessa condição.
Dentre os fatores que podem apresentar relação com o fenômeno, hipóteses levam em consideração a relação entre fatores interligados, tais como genética da cultivar, condições climáticas e ambientais, além da alternância de temperatura, níveis de fertilidade do solo entre outros.
Figura 1. Quebramento de hastes da soja.
Em um primeiro momento, o ataque de pragas pode ter sido uma hipótese sustentada para a ocorrência desse fenômeno, desencadeando o uso equivocado de inseticidas visando contornar o problema. Entretanto, conforme destacado por Adeney de Freitas Bueno – Chefe de Pesquisa e Desenvolvimento Embrapa Soja, o uso de inseticidas não é eficiente para solucionar esse problema.
A presença de cortes limpos, sem nenhum tecido vegetal removido, tão pouco danos nas folhas a soja (desfolha) descarta o ataque de insetos mastigadores como possíveis causadores do quebramento das hastes. Também é cogitada a hipótese da ocorrência da broca das axilas (Epinotia aporema), sobretudo, a ausência da praga no interior do caule das plantas afetadas, bem como a ausência das lagartas, torna refutável a hipótese de que a broca das axilas seja a causadora do quebramento de hastes, observado em soja na safra 2022/23.
Ainda que não haja consenso sobre a real causa do quebramento de hastes da soja, pode-se dizer que a aplicação de inseticidas não é a solução para o problema, logo, não deve ser utilizada de forma equivocada.
Confira o vídeo abaixo com as dicas e contribuições do Chefe de Pesquisa e Desenvolvimento Embrapa Soja, Adeney de Freitas Bueno.
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Referências:
SOJA RADAR DA TECNOLOGIA. QUEBRAMENTO DE HASTES DA SOJA – SAFRA 2022/23. Soja Radar da Tecnologia, 2022. Disponível em: < https://youtu.be/rou9-0AWVxI >, acesso em: 04/01/2022.
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