O tombo do dólar frente ao real e a postura retraída dos compradores resultou em um acomodação das cotações do algodão no Brasil. Na média do CIF de São Paulo, a pluma fechou a quinta-feira (10) cotada a R$ 3,80 por libra-peso, o menor nível desde o último dia 19 de novembro, elevando a queda acumulada em dezembro para 4,5%.
No FOB exportação do porto de Santos/SP, a fibra brasileira fechou a 75,15 centavos de dólar por libra-peso (c/lb), com alta de 2,8% quando comparado ao mesmo momento do mês passado. Ante ao contrato de maior liquidez negociado na Ice Futures (março/2021), a pluma brasileira é cotada por um valor 1,2% superior (contra 1,03% da véspera). Há um mês, era 2,02% superior e, há um ano, 3,35% inferior.
Já o relatório altista de oferta e demanda e os excelentes números de registros de exportações dos Estados Unidos garantiram uma sessão de ganhos expressivos para os contratos de algodão negociados na Bolsa de Nova York nesta quinta-feira. O Departamento de Agricultura do país (USDA) estimou os estoques finais 2020/21 dos EUA em 1,241 milhão de toneladas em dezembro, contra 1,568 milhão de toneladas de novembro. A produção foi estimada em 3,473 milhões de toneladas, contra 3,721 do mês anterior e abaixo dos 4,335 milhões de toneladas do ano passado.
Para o mundo o USDA estimou estoques finais 20/21 em 21,232 milhões de toneladas em dezembro, contra 22,086 milhões de toneladas de novembro e 21,.646 milhões de toneladas na temporada anterior. Para a produção em 20/21, o USDA estimou 24,798 milhões de toneladas em dezembro. No último mês de novembro a estimativa era de 25,279 milhões de toneladas e, na temporada anterior, de 26,592 milhões de toneladas. Em relação às vendas líquidas, o total registrado na semana ficou em 87,750 mil toneladas, o maior volume semanal desde maio de 2020.
Fonte: Agência SAFRAS