O mercado deve ter um dia mais calmo nessa quinta-feira no Brasil. A realização de lucros em Chicago deve pesar sobre as cotações. Mas o dólar em recuperação tende a limitar as perdas. A movimentação deve ser mais moderada.
Os preços voltaram a subir na quarta, impulsionados pelo bom desempenho dos contratos futuros em Chicago e do dólar. Houve maior movimentação, a exemplo do que ocorreu ontem.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 195,00 para R$ 196,00. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 194,50 para R$ 195,50. No Porto de Rio Grande, o preço aumentou de R$ 200,00 para R$ 201,00.
Em Cascavel, no Paraná, o preço passou de R$ 190,50 para R$ 194,50 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca pulou de R$ 197,50 para R$ 200,00.
Em Rondonópolis (MT), a saca subiu de R$ 176,50 para R$ 180,50. Em Dourados (MS), a cotação avançou de R$ 180,00 para R$ 183,00. Em Rio Verde (GO), a saca saltou de R$ 177,00 para R$ 178,50.
Chicago
Os contratos da soja com entrega em julho registram baixa de 0,05%, cotados a US$ 17,39 por bushel.
Em dia de realização de lucros, os investidores digerem as exportações semanais, recém divulgadas.
As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2021/22, com início em 1 de setembro, ficaram em 429.900 toneladas na semana encerrada em 2 de junho. Representa um forte avanço frente à semana anterior e uma elevação de 41% sobre a média das últimas quatro semanas. A China liderou as importações, com 128.900 toneladas.
Para a temporada 2022/23, ficaram em 595.300 toneladas. Analistas esperavam exportações entre 500 mil e 1,1 milhão de toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Os agentes também se posicionam frente ao relatório de junho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado amanhã. O USDA deverá cortar a sua estimativa para a safra de soja americana na nova temporada e também cortar a previsão para os estoques finais.
Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em safra de 4,638 bilhões de bushels. Em maio, a estimativa ficou em 4,64 bilhões de bushels. Os estoques deverão ser reduzidos de 310 milhões para 295 milhões debushels. Para os estoques de 21/22, a aposta também é de redução, de 235 milhões para 217 milhões de bushels.
Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial, o Departamento deverá indicar estoques de 99,8 milhões de toneladas para 2022/23, contra 99,6 milhões de toneladas do relatório anterior. Para 2021/22, o número deverá ser cortado de 85,2 milhões para 85 milhões de toneladas.
A safra brasileira 2021/22 deve ser cortada de 125 milhões para 124,8 milhões de toneladas. A produção da Argentina deverá ser revisada para cima, passando de 42 milhões para 42,2 milhões de toneladas.
Prêmios
Os prêmios de exportação da soja estavam em 113 a 123 pontos acima de Chicago no final da quarta no Porto de Paranaguá, para junho. Para julho, o prêmio era de 125 a 129 acima. Para agosto, o prêmio estava em 200 a 205 pontos acima, conforme dados de SAFRAS & Mercado.
O preço FOB exportação (flat price) para junho em Paranaguá oscilou entre US$ 680,90 e US$ 684,50 por tonelada para junho, subindo na comparação com o dia anterior – US$ 680,20 e US$ 682,80.
Os prêmios recuaram devido à melhora no ritmo da comercialização no físico, em meio aos preços em elevação. As cotações nos portos voltaram a subir, seguindo a elevação da soja no mercado futuro de Chicago.
Câmbio
O dólar comercial registra alta de 0,33% a R$ 4,904. O Dollar Index registra baixa de 0,01% a 102,53 pontos.
Indicadores financeiros
- As principais bolsas da Ásia encerraram mistas. Xangai, -0,76%; Tóquio, +0,04%.
- As principais bolsas na Europa registram índices fracos. Londres, -1,12%; Paris, -1,20% e Frankfurt, -1,63%.
- O petróleo opera em baixa. Julho do WTI em NY: US$ 121,31 o barril (-0,82%).
Fonte: Agência SAFRAS