A colheita da safra de arroz irrigado 2024/25 entra na reta final. Com 94% da área destinada ao grão já colhida em Santa Catarina, a expectativa de bom desempenho vai se confirmando. Estima-se, até o momento, uma área de 145 mil hectares no estado, o que representa estabilidade em relação à safra anterior.
A colheita está mais avançada no Litoral Norte, onde o plantio ocorre mais cedo em função da colheita da soca. Das lavouras ainda em campo, 2% estão em floração e 98% em maturação, com 93% das áreas apresentando condição considerada boa. Com o fim da safra principal se aproximando, os olhares se voltam para a soca. Na principal região onde essa prática acontece (Litoral Norte), os resultados têm sido desuniformes, com grande ocorrência de plantas daninhas que tendem a se desenvolver e atrapalhar a próxima safra, caso não haja manejo adequado na entressafra.
Com relação à produção, a expectativa é de que ela seja 9,52% maior do que na safra passada, impulsionada por um aumento de 9,85% na produtividade média, estimada em 8,73 toneladas por hectare. Se confirmada, essa será uma produtividade recorde, superando a média obtida em 2022/23, que já havia se destacado pelos bons resultados.
As boas condições climáticas, associadas ao uso de cultivares de alto potencial produtivo, investimentos em tecnologia e melhorias no manejo, são os principais fatores que explicam o aumento da produtividade média, confirmando uma tendência observada nos últimos anos.
O mês de março fechou com preços em queda, seguindo a tendência observada no último trimestre do ano anterior. No comparativo anual, os preços de março de 2025 foram 25% menores, em termos reais, em relação ao mesmo período do ano passado. A média parcial de abril também confirma essa tendência, com redução de 5,7% em relação ao mês anterior.
Entre os motivos para esse comportamento, está o bom desempenho da safra, com a estimativa de aumento na produção se confirmando com o avanço da colheita. Esse aumento é esperado também no Rio Grande do Sul, que enfrentou o mês de março sob intensa desvalorização dos preços. Os preços internacionais também seguem em queda. De maneira geral, os valores apresentaram comportamento semelhante em todas as regiões do estado.
Os dados fazem parte do último Boletim Agropecuário da Epagri/Cepa.
Fonte: Epagri, disponível em Fecoagro/SC