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Recuperação da produtividade dos produtores vai depender do fim dos problemas financeiros, diz presidente da Farsul

 O cenário agrícola no Rio Grande do Sul para a próxima safra está repleto de incertezas. A principal preocupação, destacada pelo presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (FARSUL), Gedeão Pereira, em entrevista exclusiva à Safras News, é a necessidade de recursos para a recuperação após calamidades que afetaram desigualmente os produtores do estado.

De acordo com Gedeão, os pequenos produtores, especialmente nas áreas de avicultura, suinocultura e pecuária leiteira nos vales dos grandes rios, enfrentam um duplo desafio: a necessidade de saldar dívidas acumuladas e a busca por fundos para reconstrução. Por outro lado, os produtores médios e grandes, apesar de não serem tão numerosos, enfrentam dificuldades relacionadas ao endividamento e à falta de recursos para a próxima safra.

“Nós temos que pegar este perfil de endividamento e dar um alongamento para que ele aumente a sua capacidade de pagamento e, com isso, ele possa acessar recursos novos para poder plantar a próxima safra”, afirmou.

Quanto aos insumos, conforme Pereira, a situação é influenciada pelo mercado internacional. Produtos químicos e fertilizantes, cujos preços são afetados pela cotação do dólar, continuam sendo uma preocupação. Após um período de alta, o custo dos equipamentos agrícolas tem apresentado algumas quedas, mas a disparidade de preços ainda causa incerteza.

“A recuperação da produtividade na próxima temporada dependerá fortemente da capacidade dos produtores de resolver seus problemas financeiros e acessar crédito”, explicou. Segundo ele, enquanto o arroz apresenta preços estáveis e remuneradores, os preços da soja e do milho são menos favoráveis, o que pode impactar negativamente a área plantada.

Pós-enchentes

O presidente da Farsul também destacou as dificuldades que os produtores encontram, especialmente após as enchentes históricas de maio e as previsões de crises climáticas contínuas.

“Justamente por essa dificuldade é que o produtor, uma vez que ele consiga chegar na terra, deverá fazer uma boa lavoura”, afirmou. Contudo, ele reconheceu que as condições de mercado são uma variável constante e, neste momento, há previsões preocupantes para a soja, um pouco mais otimistas para o arroz, e um panorama potencialmente mais favorável para a pecuária de corte.

Gedeão enfatizou que o setor agrícola brasileiro não é mais composto por produtores amadores. “O produtor hoje é muito tecnificado”, afirmou. Segundo ele, a agricultura brasileira opera com tecnologia de ponta, e os produtores devem investir em equipamentos modernos, variedades genéticas avançadas e uso eficiente de produtos químicos.

Presença na Expointer

Sobre a visita do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, à 47a Expointer prevista para sexta-feira (30), Pereira expressou cautela. Ele mencionou que existem muitas expectativas quanto a possíveis anúncios, especialmente para o sistema cooperativo, cooperativas de grãos, cerealistas e revendas de produtos para o agronegócio. No entanto, ele observou que ainda não há previsões concretas para medidas específicas destinadas aos produtores rurais que atendam às suas demandas atuais.

Autor/Fonte: Ritiele Rodrigues / Agência Safras News

FONTE

Autor:Agência Safras

Site: Agência Safras

Equipe Mais Soja
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