A safra 2019/20 em especial nas regiões Sul do Brasil, foi marcada por vários eventos de estresse hídrico. Além de afetar a produtividade da cultura, esses estresses tem influência na dinâmica de aplicações de defensivos, podendo promover casos de fitotoxidade como observado nesta safra. Contudo, alguns fatores podem auxiliar na redução dos riscos de fitotoxidade oriundo da aplicação de defensivos em soja.
Em vídeo o pesquisador Marcelo Grippa Madalosso fala sobre a relação entre a fitotoxidade e o volume de calda aplicado por hectare, segundo Madalosso, o volume de calda tem relação direta com a concentração de ingrediente ativo nas gotas pulverizadas quando trabalhada a vazão do sistema de aplicação em mesmas doses de produto, de forma que quanto maior a volume de calda aplicado por hectare, menor e o risco de Fitotoxidade nas plantas Isso por que tende-se a aumentar a densidades de gotas e diminuir a concentração de ingrediente ativo por gota.
A relação entre o volume de calda e densidade de gotas fica explicito na tabela 1, onde DA CUNHA & DA SILVA JÚNIOR (2010) demonstram o aumento de densidade de gotas por cm² quando aumentado o volume de calda. para aplicações com inseticida no controle a Spodoptera frugiperda.
Tabela 1. Densidade de gotas na parte superior e inferior do dossel da cultura do sorgo após aplicação de inseticida com diferentes pontas e volumes de calda.
Adaptado: DA CUNHA & DA SILVA JÚNIOR (2010).
Outro fator importante é atentar quanto a formulação dos produtos. Alguns produtos, em especial herbicidas apresentam sais em suas formulações e quando trabalhados em baixos volumes da calda apresentam maior predisposição a causar fitotoxidade em plantas.
Confira o vídeo abaixo, nele o pesquisador Madalosso explica a interferência do volume de calda em aplicações e traz dicas práticas quando ao seu correto uso
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Referências:
DA CUNHA, J. P. A. R; DA SILVA JÚNIOR, A. D. VOLUMES DE PULVERIZAÇÃO NO CONTROLE QUÍMICO DE SPODORTERA FRUGIPERDA NA CULTURA DO SORGO FORRAGEIRO. Eng. Agríc., Jaboticabal, v.30, n.4, p.692-699, jul./ago. 2010.
Redação: Mauricio Siqueira dos Santos- Equipe Mais Soja
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