O produtor que conduz a safra com cuidado, investe e faz o manejo adequado do trigo precisa estar atento a todas as variáveis que influenciam na qualidade do grão. Um dos principais pontos de atenção são as chuvas no período de pré-colheita, comuns em todas as regiões do Paraná. Mesmo com o melhor manejo, o plantio de uma cultivar suscetível pode colocar a perder toda uma safra.

O produtor Vanderlei Sérgio Dalgalo vem aumentando, ano a ano, a área plantada de trigo. Já são seis anos cultivando o grão na fazenda Onça Preta, em Cascavel/PR. Em agosto uma semana seguida com grande volume de precipitação poderia ter prejudicado a lavoura, não fosse a cultivar escolhida. “No período que aconteceram as chuvas a minha lavoura de trigo já estava em maturação fisiológica. Se tivesse semeado uma cultivar de menor resistência à germinação na espiga, o risco seria maior com relação a perda de PH, o rendimento, prejudicar a qualidade e baixar o valor do produto”, conta Vanderlei.

Os danos da chuva durante o período da colheita do trigo são graves e impactam diretamente na redução de produtividade e na qualidade industrial. Segundo Johny Brito, engenheiro agrônomo e supervisor comercial da Biotrigo Genética, o produtor perde tanto em quantidade, quanto em qualidade. “Ele não consegue vender o trigo com um bom valor agregado. Vai caindo de classificação e ele vai perdendo dinheiro. Um grande receio do produtor de trigo é de que sua lavoura sofra com chuva na pré-colheita. Por isso é uma das principais características que nós buscamos nas novas cultivares: ter níveis cada vez mais elevados de resistência genética à germinação na espiga, tolerando chuvas por um período maior, não deixando o produtor na mão”. Em 2018, na região Oeste do Paraná, o trigo teve um bom desenvolvimento e apresentava um potencial produtivo bem elevado. Entretanto, no momento da colheita, as chuvas prejudicaram muitas áreas. “Foi um ano que tivemos uma quebra bem grande, inclusive na produção de sementes”, conta Johny.

Qualidade industrial 

As características relevantes com relação a qualidade industrial do trigo, além da performance de panificação, são a força de glúten (W), a estabilidade (Est) e Falling Number (FN). De acordo com Kênia Meneguzzi, supervisora de qualidade Biotrigo Genética, a resistência à germinação na espiga é importante para a classificação do trigo. “O produtor deve estar atento, no momento da escolha da cultivar, para que ela ofereça a maior resistência à germinação na espiga em função da posterior classificação e comercialização dos lotes. Pensando no mercado de panificação, que é o nosso maior mercado, a indústria necessita de trigos com alto número de Falling Number para poder utilizar em seus processos”, explica.

TBIO Astro 

Com elevado nível de resistência à germinação na espiga, alta força de glúten e maior estabilidade de PH, o TBIO Astro é uma cultivar de ciclo superprecoce que oferece mais segurança para o produtor. Ela foi a cultivar escolhida por Vanderlei, que pretende dobrar a área na próxima safra. Para Johny, ela é um exemplo do avanço em melhoramento genético. “Ela entrega uma segurança maior para o produtor”. Além disso, por ter um ciclo superprecoce, o material consegue atender todas as demandas em épocas de semeadura como, por exemplo, a possibilidade de realizar três cultivos em um ano safra e para fechamento de plantio, sem atrasar a semeadura da safra subsequente. “Quando pensamos em áreas maiores, o produtor não consegue semear toda a sua propriedade em uma única época, e também não deve arriscar toda sua lavoura em um único momento, por isso a importância de um ciclo superprecoce, permitindo um bom escalonamento de semeadura ou colheita. Essa cultivar vai entrar principalmente no final da semeadura do trigo e vai sair do campo num período mais curto, sem atrapalhar a semeadura da próxima cultura. Em regiões em que o clima permite, o produtor consegue realizar o cultivo de três safras seguidas, intercalando culturas de verão e ainda conseguindo semear o trigo no inveno. São nesses casos que o produtor precisa de cada vez mais precocidade”, explica.

Fonte: Biotrigo Genética

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