O respaldo vindo da Bolsa de Nova York e do câmbio garantiu a alta das cotações do algodão no Brasil e melhorou a competitividade externa ao final desta primeira quinzena de outubro. A indicação média no polo industrial paulista ficou R$ 5,98 por libra-peso nesta quinta-feira (14), com alta de 0,67% ante o dia anterior. Em relação ao mesmo período do mês e do ano passado, os ganhos acumulados eram de 12,8% e de 76,1%, respectivamente.

No FOB exportação do porto de Santos/SP, a fibra fechou com alta de 0,56%, cotado a 106,64 centavos de dólar por libra-peso (c/lb). Ante ao contrato de maior liquidez (dezembro/21) negociado na Ice Futures US, a pluma brasileira encerrou cotada a um valor 0,4% inferior, contra 2,1% superior do dia anterior.

Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento, o spread estreito entre a pluma norte-americana e brasileira mostra o mercado doméstico alinhado à paridade de exportação. “Nessa semana, houve consulta no mercado brasileiro por parte de compradores chineses, que retornaram com maior apetite após o feriado prolongado na semana passada”, relata. “A tendência é que os embarques internacionais ganhem força nas próximas semanas”, pondera.

As exportações brasileiras de algodão bruto somaram 52,998 mil toneladas até a segunda semana de outubro (6 dias úteis), com média diária de 8,833 mil toneladas. A receita com as vendas ao exterior totalizou US$ 91,203 milhões, com média diária de US$ 15,200 milhões. As informações são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

Em relação à igual período do ano anterior, houve recuo de 26,78% no volume diário exportado (12,063 mil toneladas diárias em outubro de 2020). Já a receita diária teve decréscimo de 16,54% (US$ 18,213 milhões diários em outubro de 2020).

Fonte: Agência SAFRAS

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