No último dia 22/11, o USDA divulgou seu relatório de progresso de colheita da safra 21/22. Com isso, a colheita da soja caminha para sua fase final nos EUA, atingindo 95% da área de produção, com um avanço semanal de 3 p.p., porém demonstrando um atraso de 1 p.p. em relação ao mesmo período do ano passado.
Dos 18 estados, apenas seis (Louisiana, Minnesota, North Dakota, South Dakota, Nebraska e Iowa) já finalizaram por completo sua colheita, enquanto o clima úmido impediu o progresso em outros estados do Meio-Oeste, que estão com menos de 90% da área concluída.
Apesar do aumento de oferta da soja no país, os preços têm se comportado de modo contrário. Para se ter ideia, o preço médio da soja norte-americana apresentou uma valorização de 4,89% ante à ultima semana e ficou cotado a US$ 12,64/bu, sob influência da demanda interna crescente do farelo e óleo, que são fornecidos pelo processamento da oleaginosa.
Confira agora os principais destaques do boletim:
- Preço menor: após semanas seguindo em queda, a soja disponível no estado valorizou ante a semana passada, cotada na média a R$ 148,38/sc.
- CME subindo: influenciado pela perspectiva de uma safra recorde no Brasil, o preço na CME-Group fechou em alta na última semana, cotado na média a US$ 12,74/bu.
- CEPEA cresce: com a elevação na cotação no mercado internacional, o preço para a soja no Brasil registrou alta de 4,02% no comparativo semanal.
A semeadura de soja em Mato Grosso está próxima à reta final.
Desse modo, a semeadura da safra 21/22 já está finalizada em grande parte do estado, exceto pelas regiões nordeste (99,00%) e sudeste (99,99%), que seguem nas últimas áreas. Os trabalhos a campo vêm apresentando bons resultados, com os talhões se estabelecendo de forma favorável, segundo os informantes, devido às boas precipitações que ocorreram dentro da janela prevista para a semeadura.
Desse modo, segundo a Embrapa, é considerado que a média para suprir a necessidade de água no ciclo inteiro da cultura da soja seja de 450 a 800 mm (a depender da variedade). Com isso, a estimativa de uma produção recorde é plausível para o estado, tendo em vista o quadro positivo de chuvas e temperaturas nas principais regiões produtoras.
Assim, para o próximo mês, o acumulado de chuvas está entre 200 e 300 mm (TempoCampo) previstos na maior parte das regiões, o que pode favorecer ainda mais o desenvolvimento da oleaginosa.
Fonte: IMEA