O mercado brasileiro de milho deve iniciar a semana com preços firmes, em meio à continuidade do movimento de retenção de oferta por parte dos produtores. No cenário internacional a Bolsa de Chicago corrige os ganhos de sexta-feira e recua.
CHICAGO
Os contratos com entrega em dezembro/19 operam com perda de 3,00 centavos, ou 0,79%, cotada a US$ 3,74 1/4 por bushel.
O mercado é pressionado pela fraca demanda pelo cereal norte-americano. Nem mesmo a previsão de safra menor nos Estados Unidos é capaz de limitar as perdas.
Na sexta-feira, o mercado repercutiu os números do relatório de oferta e demanda de novembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Na semana, a posição dezembro acumulou queda de 3,08%.
Os Estados Unidos deverão colher 13,661 bilhões de bushels do cereal na temporada 2019/20, ante os 13,779 bilhões indicados em outubro, enquanto o mercado apostava em um número de 13,602 bilhões de bushels. O USDA prevê que os estoques finais da safra 2019/20 ficarão em 1,910 bilhão de bushels, ante os 1,929 bilhão de bushels apontados em outubro, enquanto o mercado esperava um número de 1,799 bilhão de bushels.
Os estoques finais da safra mundial 2019/20 foram projetados em 295,96 milhões de toneladas, contra as 302,55 milhões de toneladas apontadas em outubro, enquanto mercado apostava em um número de 299,5 milhões de toneladas.
Para a temporada 2018/19, os estoques finais de passagem foram indicados em 320,06 milhões de toneladas, contra uma expectativa do mercado de 323,9 milhões de toneladas.
Na sexta-feira (8), os contratos de milho com entrega em dezembro de 2019 fecharam a US$ 3,77 1/4, alta de 2,00 centavos de dólar, ou 0,53%, em relação ao fechamento anterior.
CÂMBIO
O dólar comercial oscila sem rumo único frente ao real em correção em meio ao exterior avesso ao risco com dúvidas quanto os avanços nas tratativas comerciais entre Estados Unidos e China na reta final do ano.
O mercado de ações opera negativo refletindo as tensões em Hong Kong que refletiu em forte queda da bolsa. Aqui, investidores acompanham os desdobramentos da liberdade do ex-presidente Lula.
Às 9h44 (de Brasília), a moeda norte-americana operava com ligeira alta de 0,04% no mercado à vista, cotada a R$ 4,1700 para venda, enquanto o contrato para dezembro subia 0,13%, a R$ 4,1740. Lá fora, o Dollar Index tinha queda de 0,17%, aos 98,187 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
- As bolsas da Ásia fecharam em baixa. Xangai, -1,83%; e Tóquio, -0,26%.
- As principais bolsas na Europa operam em baixa. Paris, -0,07%; Frankfurt, -0,39% e Londres, -1,16%.
- O petróleo opera em baixa. Dezembro do WTI em NY: US$ 56,72 o barril (-0,9%).
- O Dollar Index registra baixa de 0,22%, a 98,13 pontos.
MERCADO
O mercado brasileiro de milho segue com preços firmes. “O dólar deve subir ainda mais forte na semana que vem com fuga de capitais do país. Com isso, o produtor ficou ainda mais retraído”, disse o analista de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari.
No Porto de Paranaguá, o preço ficou em R$ 40,00/43,00 a saca. Em Santos, o preço girou em torno de R$ 40,00/43,00 a saca.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 39,00/40,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 42,00/43,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 45,00/46,00 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 44,00/45,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 40,00/42,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 35,00/37,00 a saca em Rio Verde, no disponível. Em Mato Grosso, preço ficou a R$ 29,00/35,00 a saca em Rondonópolis, para o disponível.
Fonte: Agência SAFRAS