Os preços do trigo no Rio Grande do Sul, em que pese a pouca comercialização dos últimos dias, se consolidaram em R$ 750,00/tonelada FOB, para trigo de panificação local. Não houve praticamente volume de negócios nesta sexta-feira.

A média Cepea também registrou zero de movimentação, ficando os preços médios inalterados em R$ 814,62/t, entre preços FOB e CIF, com o acumulado do mês atingindo 9,92%, um pouco abaixo da semana anterior.

Paraná: Mercado paralisado, nesta sexta-feira com preços cotados FOB a R$ 950,00

Também no Paraná o mercado esteve parado, nesta semana de Natal. Os preços teoricamente continuam ao redor de R$ 950,00 FOB, na região dos Campos Gerais e a mesma pedida no interior. É consenso geral entre todos os compradores de que os preços do trigo tendem a aumentar já durante mês de janeiro, com o fim da disponibilidade de matéria prima do Paraná e os altos preços do trigo importado (cerca de R$ 150,00 acima dos atuais).

O Cepea confirmou zero de movimentação nesta quinta-feira, com os preços médios permanecendo inalterados, em R$ 876,97/t, com o acumulado do mês situando-se em 0,76%.

FUNDAMENTOS-EUA: Trigo pega fogo em Chicago: China pode comprar até 5,0 MT

Trigo explodiu para o nível mais alto em 16 meses nesta sexta-feira, com os preços para o contrato de trigo Chicago atingindo $ 5,60 por bushel. O mercado está sendo reforçado pela demanda chinesa potencial. Segundo informações de mercado, os Traders estão esperando a China anunciar um novo plano para importar mais trigo. Grande parte de suas compras poderia vir dos Estados Unidos e o aumento da compra chinesa poderia representar mais de 15% das exportações de trigo dos EUA nos próximos anos.

Adicionando combustível ao fogo, os principais produtores estrangeiros estão tendo problemas com suas culturas de trigo. O grão é cultivado em todo o mundo e a concorrência de agricultores estrangeiros manteve os preços deprimidos nos últimos anos após grandes colheitas da Argentina, Ucrânia, Rússia e Austrália. Agora, cada um desses grandes concorrentes está temendo uma queda na produção, especialmente na Austrália, onde as condições de seca poderiam reduzir o tamanho da safra em mais de 5%.

Na esteira da alta do trigo em Chicago, outras commodities estão subindo junto, com as cotações de março de milho, soja e trigo de Kansas todos atingindo altas mensais nesta sexta-feira, negociando por US$ 3,90, US $ 9,50, e US $ 4,80 por bushel, respectivamente.



FUNDAMENTOS-ARGENTINA: Indonésia ultrapassa Brasil como primeiro destino para o trigo argentino

Com um avanço de colheita se aproximando de 75% da área plantada e uma estimativa de produção de 19 milhões de toneladas, o trigo argentino começou a alta temporada de embarque no dia de hoje.

O trigo que deverá ser enviado dos portos argentinos até 9 de janeiro do próximo, chega a 1,5 milhão de toneladas, em linha com os embarques de farelo de soja.

A novidade é que o trigo a ser embarcado irá para 17 mercados em todo o mundo. E desta vez não é o Brasil, historicamente o principal comprador do grão local, o primeiro destino dos embarques. Nesta quinzena, o parceiro do Mercosul ocupa o segundo lugar em termos de destinos, com 15,6% do volume a ser despachado.

Por sua vez, a Indonésia ocupa o primeiro lugar, processando quase 25% dos cereais argentinos nesta época do ano, com 349.000 toneladas a serem enviadas até os primeiros dias de 2020. Em terceiro lugar, Bangladesh aparece com 10,5% das exportações locais de trigo, indicou um relatório sobre a área de pesquisa do corredor de grãos Zeni.

Na quinzena anterior, que coincidiu com as últimas semanas de Mauricio Macri, o país governado por Jair Bolsonaro havia sido o primeiro destino para o trigo argentino, seguido pela Indonésia e Etiópia em terceiro lugar, com 7% dos embarques.

O interesse na importação de trigo da Indonésia, entre outras nações asiáticas, tem aumentado acentuadamente nos últimos anos, juntamente com um aumento no consumo interno de pão e outros derivados.

No geral, sempre foi a Austrália que atendeu às demandas dos países do Sudeste Asiático e grande parte da África. Mas as secas que dizimaram as produções de trigo deste país nos últimos quatro anos fizeram com que a Indonésia e outros mercados asiáticos vissem como grande fornecedor a Argentina e, em 2018, disputavam palmo a palmo os cereais locais.

FUTUROS: Possíveis compras chinesas impulsionaram as cotações

As cotações do trigo voltaram a fechar em alta de 7,25 cents/bushel nesta sextafeira. A cotação de março fechou a $ 556,25 para o trigo soft de Chicago, contra $ 549,0 do dia anterior. Em Kansas o trigo também fechou em alta de 9,25 cens/bushel, a $ 479,75, contra $ 470,50/bushel do dia útil anterior, para março.

O mercado de trigo voltou a liderar os ganhos entre os grãos, nesta sexta-feira. Avançou cerca de US$ 2,0/tonelada e estendeu os ganhos pela terceira sessão consecutiva. As vendas de trigo americano voltaram a mostrar dinamismo, dando suporte às cotações. O relatório semanal foi na média das expectativas, mas, o acordo celebrado com a China, segundo algumas fontes, poderá incluir uma compra ao redor de 5,0 milhões de toneladas de trigo americano, o que trouxe um ânimo significativo ao mercado desta sexta-feira.

O relatório semanal de Vendas de Exportação do USDA mostrou que, no total, 755.987 tons de trigo foram vendidos para a semana que terminou em 19/12, com a maioria (714.987 MT) para a temporada de 2019/20. Os lotes não embarcados estão agora em 4.732 MT, cerca de 13,34% a menos do que o ano passado, mas as remessas acumuladas estão 17,81% acima do no ano passado. Combinados, os compromissos totais são 7,9% acima do ritmo do ano passado, com 18.542 MT.

Fonte: T&F Agroeconômica

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