A primeira reunião da Câmara Temática da Agricultura do Conselho do Plano Rio Grande foi realizada nesta quinta-feira (27/6) com o intuito de ouvir e organizar as demandas dos setores produtivos, bem como promover a discussão do tema e o encaminhamento para os órgãos competentes. Um canal de comunicação será estabelecido para troca de informações de forma permanente entre representantes do setor e o Executivo.

O encontro contou com a participação do vice-governador Gabriel Souza e dos líderes do eixo da Agricultura, que são os titulares da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Clair Kuhn, e da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), Ronaldo Santini, além de representantes de entidades e organizações ligadas ao setor.

“Precisamos ter condições de retomar a economia do Rio Grande do Sul e as Câmaras Temáticas do Conselho do Plano Rio Grande são os espaços mais adequados para aprofundarmos e entendermos as demandas de cada setor, bem como monitorarmos projetos e prazos”, esclareceu o vice-governador no primeiro encontro.

O secretário-executivo Paulo Salerno apresentou o fluxo de trabalho do Conselho e destacou a importância da participação dos representantes dos setores. “Este modelo de governança prevê a contribuição de todos para que possamos trabalhar em conjunto e garantirmos encaminhamentos mais efetivos para as principais necessidades de cada área”, disse.

Demandas

Entre as principais demandas e desafios citados pelos porta-vozes das entidades, estão os impactos no solo, na cadeia leiteira e de grãos, na logística de produtos e insumos e no acesso a crédito rural. Também foi pontuada a necessidade de crédito e anistia de dívidas via governo federal. Um grupo de mensagens será criado para repasse de orientações, calendário das próximas reuniões e outras informações referentes ao tema.

Kuhn apresentou as ações tomadas pela Seapi desde o início de maio para auxiliar os produtores rurais e os setores produtivos. Entre elas, a emissão em contingência de Guias de Trânsito Animal (GTA), garantindo o abastecimento de alimentos no Rio Grande do Sul; a publicação de Instruções Normativas que permitiram a coleta de leite por indústria de laticínios mais próxima; e a autorização para as agroindústrias registradas no Serviço de Inspeção Municipal (SIM) comercializarem seus produtos dentro do Estado.

Além disso, a Seapi tem trabalhado para a atuação em horas-máquina nas áreas rurais dos municípios em situação de calamidade pública e tem realizado visita técnica e coleta de amostras de solos em algumas cidades mais atingidas para análise de solo e diagnóstico da situação.

“Temos muito trabalho pela frente e precisamos atuar com base nos dados coletados e informações científicas para que possamos ter uma política pública eficiente e que atenda aos interesses dos produtores nesse momento. As entidades e a academia são grandes aliadas nessa construção”, afirmou o titular da Seapi.

O secretário de Desenvolvimento Rural apontou que as ações iniciais da pasta buscaram proporcionar algum alívio financeiro para os agricultores familiares do Rio Grande do Sul, prorrogando prazos de pagamentos de convênios e de adesão a programas, como o Troca-Troca e o Sementes Forrageiras. Santini também destacou o papel da Emater-RS/Ascar ao longo desse processo, que atuou desde o início da crise no Estado. Em um primeiro momento, a Emater auxiliou na acolhida e na sobrevivência das famílias resgatadas e realizou o levantamento de perdas dos produtores rurais gaúchos.

“Quase 20 mil famílias rurais sofreram algum tipo de impacto em suas casas, galpões, armazéns e silos, entre outras estruturas. Vamos precisar do esforço de todos para, em conjunto, superarmos esses desafios que se abateram sobre o Rio Grande do Sul. Pelas nossas características, pela característica do nosso povo, eu tenho convicção de que iremos superar tudo isso”, afirmou o titular da SDR.

Santini também indicou que aproximadamente 2,700 milhões de hectares de solo foram afetadas pelas enchentes. “Isso demonstra a importância de iniciarmos um programa para análise e correção do solo, para que possamos quantificar as perdas e agirmos da forma mais precisa possível na recuperação”, disse.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação



 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.